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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

PROVAS CIENTÍFICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS.


A nossa civilização é resultado da história. Hoje temos o Senado que é da cultura Romana, temos os números que foram criados pelos Árabes, temos a influência Cristã, tão diferente da influência oriental e principalmente da influência Indu que hoje vemos na novela das 20:00 horas da Rede Globo e que tanto nos escandaliza, mas a Revolução Francesa, particularmente teve uma grande influência na nossa civilização.

Foi a Revolução francesa que inaugurou as repúblicas e acabou com a era da Monarquia que hoje sobrevive tênuamente em muito poucos países.


A revolução francesa inaugurou na nossa sociedade a descrença em Deus que permeia até hoje os paradigmas da ciência ocidental, pois só se acredita naquilo que se pode provar em laboratório. O que não se pode provar em laboratório, mas que as pessoas crêem assim mesmo, fica relegado à religião cujo atributo principal é a fé.


A fé é algo em que se crê mas que não necessariamente foi provado em laboratório, mas que não deixa de ser científico. Na verdade Religião e ciência tratam ambas da mesma coisa, só que uma trata dos fenômenos que se pode provar e a outra trata dos fenômenos que não se pode provar.


Não foi a toa que Pierre Gaspar Chaumette na nave da Catedral Notre Dame de Pariz anunciou depois da Revolução Francesa em 1799 que "DEUS MORREU". Segundo ele A França que tinha superado a Monarquia dos Bourbons que dominavam a França a séculos, não precisava mais de Deus, e como ato contínuo introduziu a bailarina Candeille vestida em trajes frigios como a DEUSA RAZÃO.


Esse posicionamento de se considerar a RAZÃO acima de Deus, reflete séculos de revolta, não contra Deus, mas contra o domínio arbitrário da Igreja Católica que não admitia que a ciência se sobrepusesse à crença da Igreja Católica. Por isso quando as primeiras descobertas científicas ocorreram, como a descoberta de que a Terra não era o centro do universo como se supunha até então, a Igreja se opôs ferozmente. Cristóvão Colombo só não foi queimado na fogueira, quando argumentou que a Terra era redonda, como era o costume até então, porque tinha a proteção entre outras proteções da Rainha da Espanha.


Esse período de domínio político da Igreja que punia com a Morte àqueles que ousassem se opor a suas crenças, descabidas, e também o uso político que se fazia da Igreja, levou à revolta do esfaimado povo Frances, e da burguesia, primeiro contra a monarquia e segundo contra a Igreja, pois eram as duas instituições que sugavam os recursos da nação deixando o povo na miséria.


  • A 22 de Junho de 1633 Galileu é forçado a negar perante o tribunal da Santa Inquisição várias das suas convicções científicas; este é sem dúvida o episódio emblemático da oposição à liberdade do pensamento científico. No entanto, se a causa próxima para este julgamento foi a publicação no ano anterior do seu livro "Diálogo sobre os dois grandes sistemas do Mundo", é preciso recuar aos princípios do século XVII para se perceber um pouco melhor o que se terá passado.O pensamento então dominante era de que o Universo era constituído por dois tipos de corpos. No primeiro grupo incluíam-se todos os que se deslocam entre a Terra imóvel e a órbita da Lua modificando-se continuamente; animais, flores e seres humanos, mas também rios e nuvens. Os planetas e as estrelas integravam a outra família tendo sido criados por Deus segundo uma ordem perfeita e por Ele dispostos num Cosmos imutável. Qualquer desvio em relação a esta forma de pensar era severamente punida como bem ilustra a morte em 1600 de Giordano Bruno queimado em Roma nas fogueiras da Inquisição. Dois acontecimentos induzem então Galileu a realizar uma série de observações dos astros que o levam a opor a esta imagem mítica do Cosmos um Universo onde as leis da Física e da Matemática dominavam:- o aparecimento de uma supernova em Outubro de 1604 cuja luminosidade, após ter atingido rapidamente um valor máximo decresceu até desaparecer no final de 1605;- a utilização da luneta a partir de 1609 que lhe revelou aspectos impossíveis de observar até então, em especial da Lua, de Vénus e de Júpiter. Destas observações resulta a publicação em 1610 daquele que é considerado um dos livros mais influentes de sempre, o "Mensageiro Celeste". O conflito com as visões cosmológicas tradicionais tornou-se inevitável.[topo]>...À CIÊNCIA... SUPERNOVA 1604/1605Segundo a cosmologia então aceite tendo Deus criado um Universo celeste perfeito, uma estrela não podia nascer, emitir uma luminosidade com uma intensidade crescente durante alguns dias (que chegou a ser comparável à de Vénus) e depois começar a enfraquecer até se extinguir passados alguns meses. Galileu verificou que a nova estrela não se deslocava em relação às outras e que por isso não poderia pertencer à família dos fenómenos meteorológicos e sublunares; tratava-se por isso de uma verdadeira estrela o que levou a concluir que os corpos celestes não eram imutáveis.

Entretanto a descrença em Deus permeia ainda hoje a nossa ciência e a prejudica, pois a impede de reconhecer fatos que a cada dia se tornam mais evidentes os quais está ficando impossível desconsiderar, de tão patentes que são.

Isso porque a descrença em Deus na minha visão é uma falta de inteligência porque não sobrevive a uma análise das mais elementares da própria ciência. Passarei a seguir a citar o porquê das minha conclusões sempre baseado na ciência.

É evidente que o ser humano não apareceu por acaso. Houve uma grande conspiração para que ele existisse e continuasse a existir.

Uma das causas é a posição estratégica que a terra ocupa no espaço. A terra está na posição necessária para que a temperatura seja a temperatura perfeita para a existência de vida orgânica. As temperaturas em Vênus que é um dos planetas mais próximos da Terra estão em torno de duzentos e cinquenta graus centígrados em média. em Mercurio, em torno de 400º centígrados. Em Marte as temperaturas estão em torno de 80 graus negativos em média. Portanto a Terra que deve as diferenças de clima nas estações exclusivamente a sua inclinação em relação à posição do sol, estando certo que essa inclinação para mais perto ou para mais longe determina um calor insuportavel do verão ou o frio glacial do inverno, está na exata posição em que deveria estar para que a vida organica exista.

A velocidade de rotação que a terra exerce em torno do seu eixo provoca um ruido ensurdecedor, que nos deixaria todos surdos, mas a mãe natureza, cuidou disso também, pois situou a nossa audição na faixa entre 20 hertz a 22.000 hertz e portanto fora da faixa do ruido que a terra provoca em torno do seu próprio eixo.

Outro fator muito curioso que propicia a existência da vida na Terra é o fato de que o nosso sistema solar tem um escudo que intercepta a maioria dos corpos celestes que se não fossem desviados para esse imenso escudo acabariam por colidir com a terra, inclusive alguns cometas. Falo do planeta jupiter que devido ao seu imenso tamanho, (Dentro de Jupiter caberiam mil planetas Terra) atrai com sua imensa força gravitacional, a maioria dos corpos celestes que adentram o siatema solar.

Quem olha com atenção, e não com olhos sonhadores, a superfície da Lua, deve notar a enorme quantidade de crateras que marcam sua superfície. A Lua tem funcionado como uma espécie de escudo para a Terra, aparando uma quantidade enorme de golpes que, graças à sua ausência de fenômenos meteorológicos e estabilidade da crosta, ficaram registrados lá.


Júpiter tem o mesmo papel, mas não como escudo, e sim como "magneto", atraindo para si a maioria dos cometas e asteróides que vagavam pelo sistema solar desde sua formação.


Sem este serviço de limpeza, a quantidade destes corpos a atingir os planetas interiores, e aí se inclui a Terra, seria muito maior, e eventos de extinção em massa, como o asteróide que caiu há 65 milhões de anos, não aconteceriam a cada 60 milhões de anos, mas em um período bem mais curto, talvez de um ou dois milhões de anos, tornando praticamente impossível o desenvolvimento de animais muito complexos: só as bactérias sobreviveriam a um ambiente tão hostil.


É o que pensam dois investigadores da Universidade de Washington, EUA. No livro Rare Earth, recentemente lançado naquele país, Peter D. Ward, paleontologista, e Donald C. Brownlee, astrónomo e cientista da NASA, com base em investigações na área da astronomia, geologia e paleontologia, argumentam que a composição e estabilidade da Terra são extremamente raras.


MUITOS fatores se combinam para tornar inigualável a nossa localização no Universo. O nosso sistema solar fica entre dois dos braços espirais da Via-Láctea, numa região de relativamente poucas estrelas. Quase todas as estrelas que vemos à noite estão tão distantes de nós que, mesmo quando são vistas por meio dos maiores telescópios, continuam meros pontinhos de luz. É assim que tinha de ser?


Se o nosso sistema solar ficasse perto do centro da Via-Láctea, sofreríamos os maus efeitos de estar no meio de uma grande concentração de estrelas. É provável que a órbita da Terra, por exemplo, ficasse desordenada, afetando de modo drástico a vida humana.


Pelo visto, o sistema solar está exatamente no lugar certo na galáxia para evitar esse e outros perigos, como o superaquecimento ao cruzar nuvens de gás ou ficar exposto à explosão de estrelas e a outras fontes de radiação mortífera.

O Sol é um tipo de estrela ideal para as nossas necessidades. Sua combustão é constante, ele tem vida longa e não é nem grande nem quente demais. A vasta maioria das estrelas da nossa galáxia são bem menores do que o Sol e não fornecem o tipo apropriado de luz nem a quantidade correta de calor para sustentar a vida num planeta como a Terra.


Além disso, a maioria das estrelas estão gravitacionalmente ligadas a uma ou a mais estrelas e giram em torno umas das outras. O Sol, por outro lado, é independente. Seria muito difícil o nosso sistema solar permanecer estável se sofresse a influência da força gravitacional de dois ou mais sóis.


Outra particularidade do nosso sistema solar é a localização dos planetas exteriores gigantes, que têm órbitas quase circulares e não constituem ameaça gravitacional para os planetas interiores do tipo terrestre.* Em vez disso, os planetas exteriores executam a função protetora de absorver e desviar objetos perigosos.


“Não somos atingidos por uma excessiva quantidade de asteróides e cometas graças à presença, nas imediações, de planetas de gás gigantes, tais como Júpiter”, explicam os cientistas Peter D. Ward e Donald Brownlee no seu livro Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon in the Universe (Excepcional Terra — Por Que a Vida Complexa É Incomum no Universo). Já foram descobertos outros sistemas solares com planetas gigantes. Mas a maioria desses gigantes tem órbitas que seriam perigosas para planetas menores do tipo terrestre.


O papel da Lua


Desde a antiguidade, a Lua fascina a humanidade. Ela tem inspirado poetas e músicos. Por exemplo, um antigo poeta hebreu referiu-se à Lua como estando ‘firmemente estabelecida por tempo indefinido e como fiel testemunha no céu nublado’. — Salmo 89:37.



Um importante fator da influência da Lua sobre a Terra é sua força gravitacional, que provoca o fluxo das marés. Acredita-se que o movimento das marés seja fundamental para as correntes marítimas, que, por sua vez, são vitais para os nossos padrões climáticos


Outra função básica da Lua é estabilizar, por meio de sua força gravitacional, o eixo da Terra com respeito ao plano de órbita da Terra em volta do Sol. Segundo a revista científica Nature, sem a Lua, a inclinação do eixo da Terra oscilaria “de 0 [graus] a 85 [graus]” por longos períodos. Imagine se o eixo da Terra não fosse inclinado! Não teríamos a agradável mudança de estações e sofreríamos com a falta de chuva. A inclinação da Terra também evita que as temperaturas fiquem tão extremas a ponto de impossibilitar a nossa sobrevivência.

“Devemos a nossa atual estabilidade climática a uma circunstância excepcional: a presença da Lua”, conclui o astrônomo Jacques Laskar. Para cumprir seu papel estabilizador, a Lua é grande — relativamente maior do que as luas dos planetas gigantes.

De acordo com o escritor do antigo livro de Gênesis, ainda outra função do satélite natural da Terra, a Lua, é servir de luz noturna. — Gênesis 1:16.
Se o Sol se localizasse em outra parte de nossa galáxia, não teríamos uma vista tão boa das estrelas. “Nosso Sistema Solar”, explica o livro The Privileged Planet (O Planeta Privilegiado), “se localiza . . . longe das regiões ‘poeirentas’ e excessivamente iluminadas, permitindo uma excelente visão geral tanto das estrelas próximas como do distante Universo”.
Além disso, o tamanho da Lua e sua distância da Terra são exatamente apropriados para que a Lua cubra o Sol durante um eclipse solar. Esses raros e admiráveis eventos permitem que os astrônomos estudem o Sol. Com tais estudos, eles puderam desvendar muitos segredos sobre a origem do brilho das estrelas.
Acaso ou planejamento?

Como explicar a conjunção de múltiplos fatores que tornam a vida na Terra não apenas possível, mas também agradável? Parece haver apenas duas alternativas. A primeira é que todas essas realidades resultaram do mero acaso. A segunda é que existe algum objetivo inteligente por trás disso.

Há milhares de anos, as Escrituras Sagradas declararam que o nosso Universo fora concebido e feito por um Criador — o Deus Todo-Poderoso. Se for assim, isso significa que as condições existentes no nosso sistema solar são produto, não do acaso, mas de um projeto intencional.
O Criador nos deixou um relatório, por assim dizer, dos passos que ele deu para tornar possível a vida na Terra. Talvez se surpreenda de saber que os eventos na história do Universo descritos nesse relatório, embora ele tenha sido feito uns 3.500 anos atrás, correspondem basicamente ao que os cientistas acreditam que deve ter ocorrido.
Já acordou alguma vez num dia ensolarado, respirou o ar fresco e sentiu-se feliz de estar vivo? Talvez tenha caminhado por um jardim e se deliciado com a beleza e o perfume das flores, ou apanhado algumas frutas saborosas num pomar. Tais prazeres seriam impossíveis sem: (1) a abundância de água na Terra, (2) a quantidade certa de calor e de luz do Sol, (3) a atmosfera com sua mistura correta de gases e (4) o solo fértil.
Todos esses fatores — ausentes em Marte, em Vênus e em outros planetas vizinhos — não são fruto do mero acaso. Eles foram ajustados com precisão para tornar prazerosa a vida na Terra. Conforme mostrará o próximo artigo, a Bíblia diz também que o Criador projetou o nosso belo planeta para durar eternamente.











quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O CRACK DA ECONOMIA MUNDIAL CHEGOU.


Publicado no Monitor Mercantil, São Paulo, 13.02.2009
Publicado no Alerta Total, SP

Sair da depressão

09.02.2009 – Adriano Benayon*

As emissões do FED, o banco central privado e independente dos EUA, vêm crescendo com incrível aceleração. Só nos últimos seis meses, as novas emissões chegaram a US$ 8 trilhões. Entretanto, qualquer economista dotado de alguma competência, e não condicionado pelas palavras de ordem do sistema, está vendo que mesmo emissões dessa grandeza fantástica são, de longe, insuficientes para deter o colapso financeiro nos EUA. A situação não é diferente no Reino Unido, nos países do euro e na Suíça.

Nos EUA passam de US$ 165 trilhões os derivativos dos quatro bancos com maior exposição. Em todo o Mundo, segundo o Banco de Liquidações Internacionais (BIS na sigla em inglês), o estoque, em valor nominal, dos derivativos é da ordem de US$ 600 trilhões. Ninguém conhece o valor real, ou de mercado, desse Himalaia de lançamentos eletrônicos, mas quem acompanha a seqüência do colapso financeiro e examina suas causas, sabe que ele é pequena fração do valor nominal deles.

Sabe também que essa fração decresce à medida que a depressão da economia real entra em cena. Com esta, perdem cada vez mais valor os ativos finais sobre os quais os manipuladores do mercado fizeram assentar (?) a montanha de títulos derivados.

En passant, a oligarquia financeira mundial, cuja liderança tem no inglês sua língua materna (Reino Unido e EUA), não permite que os âncoras de televisão e demais comunicadores das redes jornalísticas usem palavras descritivas da realidade. O colapso do sistema financeiro e o das moedas mundiais de reserva - como dólar, euro, libra “esterlina” e franco suíço – deve ser mais que claro para todos, pelo menos desde 2007.

Isso podia ser percebido, há muito mais tempo, por quem acompanhasse a expansão dos ativos financeiros nos últimos anos e o crescimento explosivo dos derivativos. Mas os comunicadores só falam em crise, como se se tratasse de algo passageiro.

Depressão é outra palavra banida. É evidente, desde 2008, a derrocada econômica e social, início da depressão, que será provavelmente mais longa e profunda que a de 1930 a 1943. Mas os papagaios do sistema continuam falando só em recessão e dizendo que ela poderá terminar este ano ou no próximo.

Para dar exemplo gritante, o principal banco exposto em derivativos nos EUA, o J.P. Morgan/Chase, os tem em valor nominal de 87,7 trilhões. Seus ativos financeiros somam US$ 1,77 trilhão (quase 50 vezes menos que o valor nominal dos derivativos), e a base de capital é 400 vezes menor.

Como assinalou Andrew Hughes, em artigo de 27 de janeiro, dados como esse são oficiais e disponíveis nas estatísticas do Controlador da Moeda dos EUA. Entretanto, como o analista previu, eles não estão sendo discutidos no debate do Congresso dos EUA ao votar novos socorros com dinheiro público em favor dos bancos enrascados com os derivativos.

O que o FED e o Tesouro dos EUA fazem é jogar mais gasolina na fogueira da futura hiperinflação, a qual só ainda não está presente por haver a demanda por consumo e por investimento despencado em decorrência da depressão em marcha. Esta, por sua vez, advém do colapso do crédito em face dos rombos nos balanços dos bancos, por causa de derivativos apoiados, como castelos de cartas, em ativos cada vez mais frágeis.

O dólar vinha caindo até o colapso ter levado investidores não-norte-americanos a se voltar de novo para os títulos do Tesouro americano. A sobrevida do dólar provém do fato de os europeus se terem metido ainda mais fundo nos derivativos. Mas, em função da hiperinflação em dólares e do endividamento astronômico do Tesouro dos EUA, não vai demorar a ir para o espaço a idéia de que seus títulos possam ser porto seguro.

Isso não significa, como crêem alguns observadores, o fim do poder da oligarquia anglo-norte-americana, cujas dinastias comandam os governos dos EUA e do Reino Unido, sem falar nos dos quase-satélites europeus e outros, além dos das periferias. Essa oligarquia comanda as mentes, Mundo afora, através das universidades e controla o poder militar através daquelas potências e de suas associadas subalternas.

De qualquer modo, para evitar afundar-se no caos financeiro e na depressão, o único caminho para o Brasil seria desatrelar-se, o mais possível, da “comunidade internacional”, um enorme eufemismo para mascarar relações imperiais que fazem perpetuar o subdesenvolvimento do País em condições sociais, culturais e políticas crescentemente lastimáveis.

* - Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras. benayon@terra.com.br

COMO O CANDIDATO A PRESIDENTE JOSÉ SERRA PRETENDE TRATAR OS POBRES




José Serra atual Governador de São Paulo mostra no seu tratamento com os pobres de São Paulo, como irá tratar os pobres do Brasil. Provávelmente tentará aplicar a receita do Collor, que pretendia acabar com a pobreza, matando os pobres.


Eis aqui algumas coisas que se diz sobre ele.


Em 2014, abrirei mão de meu mandato de presidente do Brasil, para ser rei de Marte!

José Serra sobre seu futuro político


Eu corto, José Serra.

Outra grade piada da Série Trocadilhos Estupidescos


É o nosso cliente VIP

Atendente do banco de sangue sobre José Serra Na União Soviética,


o José serra VOCÊ!!!


Quero ser Presidente logo, não aguento mais esperar.TÔ ANSIOSO!

José Serra

Beto Carnero, o vampiro brasilero. Chico Anizio, comediante, falando sobre Jose "Nosferatu" Serra.


Estou registrando em cartório hoje o compromisso de que NÃO irei deixar a prefeitura de São Paulo para tentar outro cargo eletivo durante meu mandato

José Pinóquio Serra, em mais uma promessa não cumprida


Mais nenhum aposentado irá morrer na fila do SUS.

José Pinoquio Serra, enquanto ministro da saude, em mais uma promessa não cumprida


O apelido do Serra é "mentirinha".

Paulo [ Ladrão ] Maluf , em uma crítica a outro mentiroso.


Mas vejamos como o SERRA trata os pobres.


Ação da Polícia Militar de SP na segunda maior favela da cidade peca pela agressividade contra pobres e o direito de protestar, mistifica a origem dos confrontos e alimenta a idéia de “limpeza social”.Tudo começou com o atropelamento e morte de um garoto que teve duplo azar na vida: nasceu pobre e morreu nos primeiros anos de sua frutífera vida.
Seguiu-se ao acidente uma manifestação dos moradores por equipamento público, para coibir novas mortes.
Nada mais justo e compreensível.
Na manifestação ocorreram quebradeiras provocadas por garotos que não têm muito a perder, mas não contavam com o apoio dos manifestantes e da Associação de Moradores.
Quando se vive no limite, relegado a uma mobilidade restrita numa metrópole repleta de possibilidades, sem a presença efetiva de equipamentos públicos de qualidade, assombrado pela violência, pelo desemprego, miséria, álcool e rendimentos risíveis, a fronteira entre o legal e o ilegal é muito tênue.
Não se trata simplesmente de “desvio de caráter”, ou de vandalismo inconsequente como parte da imprensa e a própria SSP fez crer.
Mas o teatro estava apenas no começo.
Paraisópolis é uma grande mancha urbana de pequenos casebres, alta densidade demográfica e com indicadores sociais perversos: apenas 0,45% dos jovens entre 18 e 24 anos estão no ensino superior. Em 1991 o índice era de 1,19%.
Apenas 20% do mesmo grupo social estão no ensino médio (Moema tem percentual de 84%) e a baixa escolaridade colabora no desemprego: 1 em cada 4 adultos está sem trabalho.
A renda média entre seus moradores é de R$ 367,00 ao passo que na cidade de São Paulo o valor chega a R$ 1.325,00.
A degradação persistente da qualidade de vida destas pessoas desceu em profundidade abissal.
Ao seu redor encontramos situação inversa: cercada de edifícios majestosos, casas de alto padrão, com imensos terrenos gramados e arborizados, seguranças particulares e abastecidos de total infra-estrutura.
Seus vizinhos gastam mais dinheiro num ano em manutenção das piscinas do que o Estado em educação a estes deserdados urbanos.
Cito esta contradição explícita na paisagem da geografia local para reforçar a idéia de que o convívio permanente entre os socialmente desiguais é sempre explosivo, apesar da repetitiva ladainha que o problema reside na personalidade das pessoas, que a delinqüência vem de berço e a violência está no sangue de alguns.
Tolos, não percebem que este mesmo discurso embala as políticas de segurança pública há décadas sem solução definitiva.
Também não façamos coro com a tese dos “dois Brasis”, pois as relações entre estes dois mundos são próximas.
Trabalhar com o doméstica nestas residências é uma das principais fontes de empregos para as mulheres de Paraisópolis e o assistencialismo corre solto e evidencia sua incapacidade em apontar saídas: Kaká doou bolas, ONG´s distribuem alimentos e roupas, a BOVESPA montou uma Biblioteca, Colégio de classe alta da redondeza oferece bolsas de estudos, enfim, ações apoiadas em responsabilidade social que não dão conta de suprir a irresponsabilidade social dos governos constituídos.
Quando carros foram atacados, pneus queimados e comércios destruídos, num ato espontâneo de revolta contra uma realidade insuportável, a resposta foi o show da operação policial.
Estar rodeado de ricos e, principalmente, muito próximos do Palácio do Governo de São Paulo, habitado e dirigido pelo Sr. José Serra, foi outro baita azar.
Na ótica do governo, era preciso agir e rápido.
Primeiro, a desculpa padrão: a culpa é da própria população que protege os traficantes que atacaram a Polícia.
Segundo, uma movimentação policial exemplar: desfile de viaturas pela Marginal do Rio Pinheiros mostrando que o Governador não tergiversa, age.
Terceiro, a grande mídia entra em cena: como sempre criando cenários que levam a conclusão imediata de que a ação se justifica, e mortos e feridos são inevitáveis.
O mais irônico é que ocupar casas sem mandato de segurança virou rotina, matar jovens suspeitos, uma necessidade e, aterrorizar a população local, um aviso.
Minha suspeita é que por detrás deste modus operandi, que se diga não é uma exclusividade de São Paulo, existe uma política mal disfarçada de redução das pressões populacionais por emprego e serviços públicos, que acomete principalmente crianças e adolescentes pelo Brasil afora.
São grupos de extermínio institucionalizados e que comumente recebem aplausos de telespectadores confortavelmente instalados diante de seus televisores, e crentes de que o melhor foi feito.
Poderia haver o caminho do diálogo, sem dúvida nenhuma, houvesse interesse do Gabinete do Governador.
O Cel. Ailton Araújo Brandão, comandante da ação em Paraisópolis tem, inclusive, folha corrida a este respeito. Ele foi um dos participantes daquela malfadada reunião ocorrida com a cúpula da Polícia Militar de SP e o PCC, em 2006, quando era Comandante da PM na ponta oeste do estado de São Paulo, justamente onde estavam presos os membros da cúpula da organização.
Um ano depois recebeu o título de cidadão prudentino, com direito a almoço e placa da honraria pelos serviços prestados.O Cel. Brandão apontou seu dedo para as novas tecnologias como culpada pelo sumiço de gravações contra a PM pela morte de 104 pessoas nos confrontos com o PCC.
O gravador do 190 falhou e o backup automático também falhou.
Mas ele foi condecorado pela Assembléia Legislativa de São Paulo em setembro de 2007 como Comandante do Policiamento da Capital da Polícia Militar do Estado de São Paulo, junto com o Governador Serra. Recebeu importante medalha dos paulistanos, embora o povo de Paraisópolis possivelmente nem saiba que ela exista.
Talvez por isso a raiva.A PF também chegou ao referido Cel. através da Operação Santa Tereza.
Em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo foi revelado um esquema de distribuição de ingressos para uma festa de peão no interior de São Paulo com artistas consagrados. O “mimo” era a contrapartida pelo oferecimento de segurança pública a um prostíbulo privado que lavava dinheiro do BNDES na capital.
Vê-se, portanto, que o crime maior não está em Paraisópolis, mas em outros lugares e o Cel. sabe quais são.
A ação da polícia é a síntese de uma imbricada teia de interesses que passa pela definição, a priori, de que pobre em favela é culpado antes de mais nada, de que é preciso fazer alguma coisa contra a criminalidade e é na favela que o tráfico manda.
Humilhar pessoas, revistando-as, invadindo suas casas, num show travestido de caça aos traficantes explicita mais do que uma prática condenável, mas um tratamento de choque para um problema social.
A ocupação da favela de Paraisópolis na cidade de São Paulo, neste começo de fevereiro, é emblemática sobre o papel do tucanato diante dos problemas sociais no estado de São Paulo.
Para fazer justiça, o Demo Kassab também foi condecorado na Assembléia Legislativa num ambiente agradável e de confraternização.
Pena que enquanto alguns desfrutam deste conto de fadas com dinheiro público outros vivem num inferno constante e são condenados ao castigo da morte lenta e silenciosa. Mesmo vivendo na “cidade do paraíso”.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

TEOSOFIA







A Teosofia é um corpo doutrinário que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência, que está presente em maior ou menor grau em diversos sistemas de crenças ao longo da história, e foi exposto modernamente primeiro por Helena Blavatsky no final do século XIX, e por outros desde então.









Observe o símbolo da bandeira NAZISTA no alto, que serviu de inspiração ao NACIONAL SOCIALISMO ALEMÃO o partido de HITLER.


O mais curioso deste selo (criado em 1875), é que a suástica encontra-se acima da Estrela de Davi, símbolo associado ao judaísmo.


Helena Blavatsky é a fundadora da Teosofia.


A Sociedade Teosófica foi fundada em 1875 em Nova York, numa época em que parecia que se havia chegado ao auge do enfraquecimento das instituições religiosas.


Os abusos de poder eclesiástico e as maquinações entre Igreja e Estado trouxeram para essas instituições uma grande vulnerabilidade, com revoltas internas e dissidências explícitas, expondo-as às críticas de ateus, liberais e radicais.


Como diz Washington, "ia se tornando claro que existia no Ocidente um enorme e duradouro apetite público por formas novas e exóticas de crença religiosa, para suplementar e até mesmo substituir formas ortodoxas de cristianismo".

O místico Emmanuel Swedenborg (1688-1772) já havia tentado, na Suécia, um caminho que fundia ciência e religião, com direito a visões de Jesus Cristo e a sonhos reveladores. Outro antecessor da Teosofia, o suíço Franz Anton Mesmer (1735-1815), havia proposto que todos os corpos são envolvidos por uma espécie de fluido magnético, cujo fluxo poderia ser detectado e dirigido por indivíduos sensitivos com fins terapêuticos.


Mas o que a insatisfação espiritual dessa época pedia, segundo Washington, não era exatamente novas doutrinas, mas sacerdotes carismáticos, que poderiam muitas vezes ser substituídos por escritores e até por líderes políticos. A busca de uma "chave para tudo", mesmo que na forma de uma doutrina, teria de passar, necessariamente, por carismáticos mestres espirituais.


Sobre isso, o autor de O Babuíno de Madame Blavatsky faz uma citação imperdível: "Talvez esta seja a definição de carisma: que cada pessoa pode tão facilmente revestir seu objeto com seus próprios sonhos" (pág. 216). Estava aberto, assim, o caminho para o surgimento do guru ocidental. Os criadores da Teosofia ou "ciência sagrada" foram o norte-americano Henry Olcott (1832-1907) e a russa Helena Petrovna Blavatsky. Eles conheceram-se nos EUA um ano antes de fundar a sociedade inspirada nas culturas hinduísta, xivaísta, egípcia e outras da Antiguidade.

Seu objetivo era pesquisar e divulgar "as leis que governam o Universo". Havia, para eles, o pressuposto da existência de uma doutrina universal secreta e o de que todas as religiões são essencialmente uma mesma religião.


A descoberta dessas leis universais se dava, segundo eles, por revelações feitas por espíritos que se manifestavam por cartas dirigidas a Blavatsky e a Olcott. Apesar dos fracassos iniciais, a Sociedade Teosófica logo conseguiu atrair nobres e outros endinheirados, que custearam a expansão da entidade e de suas filiais, além de viagens e hospedagens da sua dupla de fundadores para vários países.

Embora Helena nunca tenha pregado algum tipo de limpeza étnica, seus escritos foram distorcidos e serviram como argumentos e inspirações para movimentos racistas e genocidas como o Nazismo. Alguns escritores afirmam que Hitler era profundo conhecedor da Teosofia.

Veja as seguintes palavras de um dos principais planejadores da Nova Ordem Mundial, Bill Lambert, o presidente da Casa da Teosofia, na cidade de Boston. (Lembre-se que a Casa da Teosofia treinou Adolf Hitler no ocultismo.) Anos atrás, assisti a um Seminário ministrado por Bill Lambert sobre os eventos futuros planejados. A participação nesse seminário era restrita aos membros e convidados especiais da Casa da Teosofia na Nova Inglaterra. Um ex-membro, que havia se convertido a Cristo recentemente, me ofereceu um ingresso e eu pude assistir furtivamente às palestras.

Lambert afirmou enfática e claramente que o Anticristo só poderá aparecer na Terra quando uma proporção significativa da população em geral estiver pré-condicionada a aceitá-lo. Estas foram suas palavras:
"As energias querem fluir da Hierarquia para a Terra e produzir a manifestação física do Cristo; no entanto, esse fluxo somente poderá ocorrer quando a humanidade elevar sua consciência coletiva, para que todos sejam receptores adequadamente despertados."


[Ele estava parafraseando Alice Bailey, nas páginas 617-618 do livro The Externalization of the Hierarchy (A Exteriorização da Hierarquia)].


Neste ponto, não consegui resistir; levantei meu braço e fiz uma pergunta: "O Sr. falou anteriormente que o papa irá a Jerusalém; quando Maitréia aparecer em cena, existirão três tipos de pessoas:


  • Aqueles cujas consciências foram adequadamente elevadas e que poderão aceitá-lo imediatamente;

  • Aqueles cujas consciências foram elevadas, mas não o suficiente para que o aceitem rapidamente; no entanto poderão aceitá-lo após uma maior iluminação;

  • Aqueles que nunca o aceitarão.

Lambert afirmou claramente que a vasta maioria da população do mundo precisará estar nas categorias 1 ou 2 antes de o Anticristo aparecer. Assim, a antiga cultura baseada nos valores do cristianismo e do judaísmo precisa ser radicalmente modificada para que o Anticristo possa aparecer. Em nossos Seminários 1 e 2, descrevemos meticulosamente a maneira como essa mudança foi colocada em prática desde 1963.




  • 1) A Maçonaria é o principal poder ocultista que está por trás da implementação desse novo sistema;


  • 2) A Casa da Teosofia, fundada por Madame Helena P. Blavatsky, é a precursora do Movimento de Nova Era. Blavatsky apoiava a Maçonaria em seu Plano Mundial, treinou muitos maçons no século XIX, criando um círculo esotérico chamado de 'Mestres da Sabedoria';


  • 3) O Movimento de Nova Era atual tem o objetivo de transformar nosso país, e as atitudes das pessoas, para que o Cristo da Nova Era, Maitréia, possa aparecer e tomar o controle;


  • 4) Epperson demonstra que a Religião do Cristo [o Anticristo] será a religião dos antigos mistérios satânicos da Babilônia e do Egito;


  • 5) As sociedades secretas, incluindo a Maçonaria, adoram ao mesmo ser sobrenatural, Lúcifer;


  • 6) O capítulo de Epperson sobre os obeliscos é um dos melhores em publicação atualmente; Os obeliscos são centros ocultistas de adoração, e um bom ocultista "olhará para um obelisco" pelo menos uma vez por dia. Considere o Monumento a Washington, e verá que tanto o presidente e os membros do Congresso podem "olhar para o obelisco" todos os dias.

"Teozoologia", propagada por Josef Lanz na série de panfletos de Ostara, A Biblioteca dos Louros e Direitos Masculinos , não era abertamente adotada nos escritos oficiais nazistas, e só raramente era explorada. Todavia, esta teoria mostra as mais obscuras motivações do merniqueanismo racista, idéias que ainda estão espalhadas hoje em dia. Lanz não pode nem mesmo exigir o direito de ter sido o criador e inventor deste sistema de ilusão sexualmente neurótico.

Um caso de compêndio para psicanálise, Lanz meramente reinterpretou a antropogênese teosófica de Blavatsky e Besant em termos sexuais. Na teosofia, a humanidade cai porque os homens copularam com animais femininos; no sistema de Lanz "todas as calamidades na história do mundo... têm sido causadas pelas mulheres liberadas" . De acordo com sua teoria, anunciada primeiramente em 1905 (August Strindberg foi um dos primeiros convertidos):

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

PORQUÊ VOCÊ NASCEU - O QUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?





Essa é a pergunta que se ninguém está muito preocupado com ela, por certo um dia irá ficar.



A maioria das pessoas pensa que deve aproveitar a vida, porque a vida é curta e pode acabar a qualquer momento, então buscam o prazer, o mais intensamente que podem pois quando a vida acabar, pelo menos terá aproveitado bastante.



Essas pessoas tem conceitos diferentes sobre o que é "APROVEITAR". Fazem então o que gostam. Vão à praia, vão a bailes, namoram, casam, procuram uma profissão que lhes permita divertir-se bastante, outros lêem muito, enveredam-se em aventuras, descobertas e fascinações diversas, vão ao futebol etc...



Esse tipo de diversão funciona muito bem durante algum tempo, mas passado algum tempo, a pessoa que busca freneticamente, esse tipo de diversão e de prazer, sente um imenso vazio, como se tudo isso não a completasse. Falta alguma coisa dentro de si. Esse vazio é tão grande por vezes que a pessoa pode enveredar pelo caminho das drogas, para encontrar esse factor que não a preenche.



No entanto se observarmos bem a nossa volta, veremos que todos sem distinção encontram obstáculos pelo caminho. Desafios, sofrimentos, desapontamentos, traições, perdas, decepções.



Se olharmos bem veremos que todos tem um tipo de problema. Um não está satisfeito com o emprego, outro tem problemas conjugais, outro tem problemas com os filhos, outro tem uma doença, e outro por fim tem tudo o que quer mas está tão insatisfeito que pensa em tirar a vida, envereda-se pelo mundo das drogas, enquanto outro não tem quase nada, vive uma vida miserável, e mesmo assim encontra tempo para ser pelo menos um pouco feliz.



Dai podemos tirar uma lei geral pela simples observação.



Estamos aqui para ter algum tipo de problema, e essa vida não é propriamente um passeio. As coisas boas existem, mas são apenas um recreio para que possamos ver a vida colorida, pois senão ela seria por demais em preto e branco.



Os sonhos, as coisas boas da vida nos impulsionam para a frente, mas os desafios sempre nos esperam pelo caminho, e não existe absolutamente ninguém que não tenha algum tipo de desafio ou algum tipo de problema. Isso não acontece por acaso.



Os problemas, os desafios, acontecem para que nos tornemos melhores, para que nos aperfeiçoemos, e eles são colocados no nosso caminho propositalmente para aprendermos a caminhar com a dificuldade. Uma pessoa só pode aprender a nadar se enfrentar o mar ou a piscina. Se ficar somente no conforto não aprenderá a nadar.



Se você consegue superar um desafio e vencer, se sentirá melhor e mais confiante para o próximo desafio que estará pela frente te esperando, porque ele virá sem dúvida.



Portanto esse é o grande objectivo que não nos damos conta. O objectivo de sermos melhores, sempre.



Quando se descobre que esse é o nosso grande objectivo e procura-se caminhar dentro desse objectivo, conseguimos atingir a harmonia. A harmonia entre o nosso inconsciente e o nosso consciente. Passamos a sentir a verdadeira paz. A vida ganha contornos seguros, e objectivos definidos. O vazio existencial é preenchido.



Entretanto para sermos melhores não precisamos sofrer sempre. Eu não preciso fumar para depois ter que largar o fumo. Eu posso aprender que não é bom fumar, e assim me poupar de muito sofrimento.



Portanto para sermos melhores não precisamos sofrer muitas coisas, se aprendermos a ser melhores sem termos que passar por muitas experiências desagradáveis, basta que aprendamos com as experiências dos outros. Isso é ser sábio.



Para que sejamos melhores precisamos ter um modelo a ser seguido. Isso é ser sábio, e o nosso verdadeiro modelo é JESUS. Devemos procurar ser como JESUS, pois Jesus é o nosso modelo de perfeição. Quem segue Jesus, não é vaidoso, é humilde, é bom, ajuda o próximo, aprende a amar, perdoa os inimigos.



Essa não é uma tarefa simples, mas é a razão de estarmos vivos e de termos nascido. Se tentamos seguir esse modelo, na medida em que tivermos sucesso, estaremos evitando muito sofrimento. Não estaremos "APROVEITANDO" a vida no sentido do prazer pelo prazer, mas estaremos APROVEITANDO a vida no sentido do verdadeiro prazer, que é o prazer do AMOR, pois estaremos aprendendo a AMAR. Amar a Natureza, os animais, as pessoas, os inimigos, o planeta.



O amor aqui não tem o sentido da troca. Tem o sentido da doação incondicional, tal como a mãe doa ao filho. Se conseguimos caminhar em direcção a esse amor incondicional, estaremos caminhando em harmonia com o nosso verdadeiro eu que é o eu espiritual



Jesus já disse "NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ O HOMEM" e esse pão é tudo que é material.










  • Mateus 4-4 - Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.



Precisamos também do alimento espiritual, pois não somos somente corpo. Temos também a necessidade de cuidar do espírito, e cuidar do espírito é exactamente isso. Sermos cada vez melhores no sentido de AMAR cada vez mais incondicionalmente.












  • Mateus 22 - 37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.





  • Mateus 22 - 38 Este é o grande e primeiro mandamento.





  • Mateus 22 - 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.





  • Mateus 22 - 40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.





Se observarmos bem as mensagens de Jesus acima iremos perceber que toda a lei e os profetas resumem-se em AMAR. Amar a Deus e ao próximo.






O amor é o grande mandamento e é o mais positivo dos sentimentos. Quem está amando não adoece. Vê a vida colorida, com uma cor que jamais tinha percebido. Está em estado de graça. Portanto se queres verdadeiramente APROVEITAR a vida AME. Ame seus filhos, sua esposa, sua sogra, o cachorro, ame, ame e ame. Cultive esse que é o mais nobre e mais positivo dos sentimentos. O AMOR.






20 mitos sobre computadores FALSO OU VERDADEIRO


Mesmo que cada vez mais o computador faça parte da vida e do dia-a-dia de mais e mais pessoas, seguimos tendo dúvidas simples a respeito do equipamento. Aqui você vê vinte delas:


1. Faz mal ao computador ter ímãs colados à CPU.

Falso. Nenhum problema com a CPU, mas não podemos dizer o mesmo do monitor, pois desgasta suas cores. Evite a qualquer custo utilizar equipamentos imantados muito próximos aos monitores, pois as cores podem resultar distorcidas.


2. Empurrar o cd com o dedo para inserí-lo na CPU é prejudicial ao equipamento.

Falso. Nada a ver. Nada irá acontecer se você empurrar com uma força normal. Foi feito exatamente para isso.


3. Água ou café derramada sobre o teclado pode arruinar seu funcionamento.

Verdadeiro. Estragam as trilhas metalizadas que estão embaixo das teclas. Podem criar um curto-circuito e queimar.


4. É necessário ter espaço entre o monitor e a parede atrás dele.

Falso. Monitor não é geladeira. O ambiente em geral deve estarventilado, mas não é indispensável que seja muita a distância. É muito pior ter outro monitor atrás (como acontece em muitos escritórios) porque pode haver o risco de ter interferências entre os computadores.


5. Quando o computador passou a noite toda ligado, é melhordesligá-lo e voltar a reiniciar.

Falso. Pode seguir ligado sem problema algum. Ainda que pareça o contrário e dê vontade de desligá-lo um momento para que descanse, seguindo a lógica humana, o HD dura muito mais se permanecer ligado e não sendo o tempo todo ligado e desligado. Por uma questão de economia de energia, não convém deixar ligado por vários dias, mas se nãolevarmos em conta o fator do aquecimento global seria muito melhor para o PC nunca desligá-lo. Eles foram criados para isso.


6. Gasta mais energia ao ser ligado do que em várias horas de uso..

Falso. Ao ligar não consome tanto como para superar as horas de funcionamento. Ao desligar poupa-se energia e se permanecer ligado gasta, como qualquer outro eletrodoméstico.


7. Faz mal ao computador ter algum celular por perto.

Falso. Sem problema algum, no máximo um ronco provocado pela interferência de uma chamada.


8.. Depois de desligar o computador é melhor deixá-lo descansar uns segundos antes de voltar a ligar.

Verdadeiro. É recomendável esperar no mínimo alguns segundos antes de voltar a ligá-lo. 10 segundos deve ser o suficiente.


9. Mover a CPU quando o computador está ligado pode queimar o HD.

Falso. A força centrífuga com que gira o HD é tanta que nãoacontece nada ao se mover a CPU. Muito menos ainda em se tratando de um notebook, porque eles foram feitos para isso. Mas é lógico que você não vai sair por aí dando porrada no equipamento, né?


10. Pelo bem do monitor, é conveniente usar protetor de telaquando não está em uso.

Verdadeiro. Porque o mecanismo do protetor de tela faz com que o desgaste das cores da tela seja uniforme. Ao renovar as imagens constantemente, não se gasta num mesmo lugar.


11. Quando há chuva forte, é absolutamente necessário tirar oplugue do computador da tomada.

Verdadeiro. Deveria ser adotado como uma obrigação no caso de uma chuva muito forte, com muitos raios e trovões. Da mesma forma, é aconselhável retirar os cabos do telefone e da alimentação do modem para que não queimem com a descarga de raios.


12. Não é conveniente olhar a luz vermelha que está embaixo do mouse óptico.

Verdadeiro. Pode até não deixar ninguém cego, mas é uma luzbastante forte que pode sim fazer mal a retina.


13. Nos notebooks deve-se acoplar primeiro o cabo de eletricidade à máquina e somente depois esse cabo a tomada.

Falso. Tanto faz. Quase todos os equipamentos portáteis atuais tem proteção de curto-circuito e são multi-voltagem, podem ser ligados em tensões de 90 a 240 volts, pelo que são sumamente estáveis.


14. Ao desligar o computador convém também desligar o monitor.

Falso. Outra vez, tanto faz. Ao desligar a CPU, o monitor fica num estado em que consome muito pouca energia (pouca coisa mais que 1W) e não sofre desgaste algum. A decisão termina sendo em função da economia, ainda que o consumo seja realmente mínimo.


15. Não se deve colocar cds, disquetes ou qualquer outro elemento sobre a CPU.

Falso. Lógico, nada do que é colocado sobre a CPU pode ser afetado ou avariado, a não ser que esteja úmida e a água possa chegar ao equipamento.


16. O computador nunca pode ficar ao sol.

Verdadeiro. Se ele esquentar mais do que o habitual, sua vida útil tende a decrescer. Por isso nunca é boa idéia instalar o PC próximo a janelas onde bate o sol.


17. Se mais de 80% do HD tiver sendo usado, a máquina se torna mais lenta.

Verdadeiro. Sempre é uma questão de porcentagem. Por mais que se tenha 20 Gb livres, se for menos de 20% da capacidade do disco, o funcionamento do computador será lento.


18. Não se deve tirar o pen drive sem avisar à máquina.

Verdadeiro. Deve ser selecionada a opção 'Retirar hardware com segurança' antes de retirá-lo. Caso contrário, corre-se o risco de queimar a memória do USB.


19. Ter o desktop cheio de ícones deixa o computador mais lento.

Verdadeiro. Não importa se são ícones de programas ou arquivos. O que acontece é que a placa de vídeo do computador renova constantemente a informação apresentada na tela, e quanto mais ícones, mais tempo.


20. Desligar a máquina diretamente no botão, sem selecionarpreviamente a opção de desligar o equipamento, estraga o HD.

Verdadeiro. O HD pode queimar ao ser desligado enquanto ele ainda está lendo ou escrevendo em alguma parte do sistema. Ademais, quando a energia é desligada subitamente, as placas que cobrem o disco (que gira até 10 mil rotações) descem sobre ele e podem ir riscando até que alcancem a posição de descanso. Ao selecionar a opção 'Desligar o Computador', todo o sistema se prepara para repousar e suspende todasas atividades. Cada peça vai ficar em seu devido lugar.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

AS RAZÕES DA CRISE GLOBAL



Para apresentar os principais encadeamentos da crise financeira é preciso partir dos mecanismos que a desencadearam; a deterioração dos mecanismos e das instituições de regulação, e o papel chave que os Estados Unidos desempenham. Na avaliação dos impactos, quem deverá em última instância pagar pela bancarrota do cassino?



Ladislau Dowbor
(25/01/2009)
“Os benefícios fundamentais da globalização financeira são bem conhecidos: ao canalizar fundos para os seus usos mais produtivos, ela pode ajudar tanto os países desenvolvidos como os em via de desenvolvimento a atingir níveis mais elevados de vida.”


IMF, Finance & Development, March 2002, p. 13.



“Os administradores de fundos enriqueceram e os investidores viram o seu dinheiro desaparecer. E estamos falando de muito dinheiro, em todo esse processo” ­-


Paul Krugmann, Folha de São Paulo, 30-12-2008
Tirando a roupa (financeira)



As pessoas imaginam profundas articulações onde, em geral, há mecanismos bastante simples. Nada como alguns exemplos para ver como funciona. Há poucos anos estourou o desastre da Enron, uma das maiores e mais conceituadas multinacionais americanas. Foi uma crise financeira e um dos principais mecanismos de geração fraudulenta de recursos fictícios, foi um charme de simplicidade. Manda-se um laranja qualquer abrir uma empresa laranja num paraíso fiscal como Belize. Esta empresa reconhece por documento uma dívida de, por exemplo, 100 milhões de dólares. Esta dívida entra na contabilidade da Enron como “ativo”, e melhora a imagem financeira da empresa. Os balanços publicados ficam mais positivos, o que eleva a confiança dos compradores de ações. As ações sobem, o que valoriza a empresa, que passa a valer os cem milhões suplementares que dizia ter.




Partimos deste exemplo da Enron porque é simples, representa um mecanismo de fraude honesto e transparente. Não viu quem não quis. E também para marcar o que é uma cultura da área financeira, onde vale rigorosamente tudo, conquanto não sejamos pegos. Não é o reino dos inteligentes (tanto assim que quebram), mas dos espertos. E os que buscam produzir bens e serviços realmente úteis são levados de roldão, em parte culpados porque toleraram idiotas disfarçados em magos de finanças e marketing. Qualquer semelhança com empresas nacionais que se lançaram em aventuras especulativas é mera coincidência.




As empresas financeiras que juntam desta forma uma grande massa de “junk” assinados pelos chamados “ninjas”, começam a ficar preocupadas, e empurram os papéis mais adiante. No caso, o ideal é um poupador sueco, por exemplo, a quem uma agência local oferece um “ótimo negócio” para a sua aposentadoria, pois é um “sup-prime”, ou seja, um tanto arriscado, mas que paga bons juros. Para tornar o negócio mais apetitoso, o lixo foi ele mesmo dividido em AAA, BBB e assim por diante, permitindo ao poupador, ou a algum fundo de aposentadoria menos cauteloso, adquirir lixo qualificado. O nome do lixo passa a ser designado como SIV, ou Structured Investment Vehicle, o que é bastante mais respeitável. Os papéis vão assim se espalhando e enquanto o valor dos imóveis nos EUA sobe, formando a chamada “bolha”, o sistema funciona, permitindo o seu alastramento, pois um vizinho conta a outro quanto a sua aposentadoria já valorizou.




Mas onde a agência bancária encontrou tanto dinheiro para emprestar de forma irresponsável? Porque afinal tinha de entregar ao Ninja um cheque de 300 mil para efetuar a compra. O mecanismo, aqui também, é rigorosamente simples. Ao Ninja não se entrega dinheiro, mas um cheque. Este cheque vai para a mão de quem vendeu a casa, e será depositado no mesmo banco ou em outro banco. No primeiro caso, voltou para casa, e o banco dará conselho ao novo depositante sobre como aplicar o valor do cheque na própria agência. No segundo caso, como diversos bancos emitem cheques de forma razoavelmente equilibrada, o mecanismo de compensação à noite permite que nas trocas todos fiquem mais ou menos na mesma situação. O banco, portanto, precisa apenas de um pouco de dinheiro para cobrir desequilíbrios momentâneos. A relação entre o dinheiro que empresta – na prática o cheque que emite corresponde a uma emissão monetária – e o dinheiro que precisa ter em caixa para não ficar “descoberto” chama-se alavancagem.




A vantagem de se emprestar dinheiro que não se tem é muito grande. Por exemplo, a pessoa que aplica o seu dinheiro numa agência verá o seu dinheiro render cerca de 10% ao ano. O banco tem de creditar estes 10% na conta do aplicador. Se emprestar este dinheiro para alguém a 20%, por exemplo, terá de descontar dos seus ganhos os 10% da aplicação. Mas quando empresta dinheiro que não tem, não precisa pagar nada, é lucro líquido. A alavancagem torna-se portanto muito atraente. E a tentação de exagerar na diferença entre o que tem no caixa e o que empresta torna-se muito grande. Sobretudo quando vê que outros bancos tampouco são cautelosos, e estão ganhando cada vez mais dinheiro. É uma corrida para ver quem agarra o cliente primeiro, pouco importa o risco. E os ganhos são tão estupendos...



A ficção da regulação



A “bolha” imobiliária vinha sendo comentada há pelo menos três anos. Greenspan previa um “soft landing”, ou seja, um esvaziamento suave da bolha, e não o “crash landing” que finalmente aconteceu. É interessante comparar a frase ufanista do FMI em 2002, que colocamos em epígrafe no início deste artigo, com a avaliação bastante mais cautelosa e até alarmante que aparece já em 2005: “Ainda que seja difícil ser categórico sobre qualquer coisa tão complexa como o sistema financeiro moderno, é possível que estes desenvolvimentos estejam criando mais movimento procíclicos que no passado. Podem igualmente estar criando uma probabilidade maior (mesmo que ainda pequena) de um colapso catastrófico (catastrophic meltdown). ”




Quando os pequenos bancos locais se transformam em gigantes planetários, a imprensa apresenta a evolução como positiva, dizendo que os bancos ficam ‘mais sólidos”. A realidade é que ficam mais poderosos, logo menos controlados. No conjunto, o que aconteceu com a globalização financeira é que os papéis circulam no planeta todo, enquanto os instrumentos de regulação, os bancos centrais nacionais, estão fragmentados em cerca de 190 nações. Na prática, ninguém está encarregado de regular coisa alguma. E se algum país decide controlar os capitais, estes fugirão para lugares mais hospitaleiros (market-friendly), em processo muito parecido com os mecanismos de guerra fiscal entre municípios. Nas análises das Nações Unidas, isto é chamado de race to the bottom , corrida para o fundo, de quem reduz mais as suas próprias capacidades de controle.




Haveria ainda de se considerar o papel regulador das agências avaliadoras de risco. O muito conservador The Economist chega a se indignar com o peso que adquiriu este oligopólio de tres empresas – Moody’s, Standard & Poor (S&P) e Fitch – que “fazem face a críticas pesadas nos últimos anos, por terem errado relativamente a crises como as da Enron, da WorldCom e da Parmalat. Estes erros, a importância crescente das agências, a falta de competição entre elas e a ausência de escrutínio externo estão começando a deixar algumas pessoas nervosas”. O The Economist argumenta também que as agências de avaliação são pagas pelos que emitem títulos, e não por investidores que utilizarão as avaliações de risco, com evidentes conflitos de interesse. O resultado é que “a mais poderosa força nos mercados de capital está desprovida de qualquer regulação significativa”.




Nesta discrepância entre finanças globais e regulação nacional, jogam um papel complementar importante os paraísos fiscais, cerca de 70 “nações”, ilhas da fantasia onde frequentemente existem mais empresas registradas do que habitantes, e onde não se pagam impostos nem exigem relatórios de atividades. Estes paraísos exercem hoje o papel que no século 18 desempenhavam algumas ilhas do Caribe que constituíam abrigos permanentes de piratas, onde os produtos da ilegalidade podiam ser estocados, trocados e comercializados. Mudou apenas o tipo de produto, encobrindo não só caixa dois, como evasão fiscal, tráfego de armas e lavagem de dinheiro. Não haverá um mínimo de ordem financeira mundial enquanto subsistirem estes off-shores de ilegalidade.





O papel dos Estados Unidos



O epicentro da atual crise está nos Estados Unidos, e o eixo desencadeador foi o mercado imobiliário. Mas a diferença relativamente às crises dos hedge funds ou do Long Term Capital Management (LTCM) de poucos anos atrás, é a nova fragilidade dos Estados Unidos. A tradição ideológica exige que se considere os EUA à beira do colapso ou como poderoso bastião do capitalismo, segundo as posições. A realidade é que se trata sim de um poderoso bastião, mas impressionantemente fragilizado.



O endividamento como nação se reflete na situação das famílias. O americano adulto médio tem oito cartões de crédito, e gasta um terço da sua renda com o pagamento de dívidas. Apresentado no momento da concessão, o crédito aparece como um instrumento de dinamização da conjuntura, pois aumenta a capacidade de compra da família. No entanto, cada dívida significa não só reembolso, como pagamento de juros e, na realidade, o que se consegue com endividamento é uma antecipação de consumo, e não o seu aumento. Quando chega a hora de pagar, o efeito se inverte. Até onde irão as famílias norte-americanas no faz-de-conta de prosperidade?




Neste final de 2008, as matrizes norte americanas de multinacionais estão comprando dólares nos mercados do mundo para se recapitalizar, e inúmeras empresas com dívidas denominadas em dólar buscam igualmente a moeda, além de especuladores tentando “realizar” papéis podres transformando-os em moeda real, gerando uma valorização. O médio prazo deste processo é simplesmente um ponto de interrogação, em particular considerando a gigantesca massa de dólares que os EUA emitiram quando estes eram – e ainda são em parte – ao mesmo tempo moeda nacional e moeda-reserva mundial.





Quem paga a conta?



A conta da irresponsabilidade norte-americana, devidamente imitada em outros países que até ontem nos davam lições, ainda está por ser apresentada. A curtíssimo prazo, e buscando conter o pânico entre eleitores, os governos dos países mais afetados procuraram tranquilizar os milhões de pequenos depositantes. Neste sentido, vários países passaram a assegurar que no caso de quebra de um banco, por exemplo, o governo ressarciria as perdas dos correntistas até 100 mil dólares, ou até sem limite, segundo os países. O processo é interessante, pois o correntista seria ressarcido do seu próprio dinheiro com dinheiro que pagou para o governo sob forma de impostos. A generosidade governamental escapa à compreensão de muitos, que acham que talvez devessem ser debitados os especuladores que afinal especularam precisamente com o dinheiro dos poupadores.



Um drama que ainda se desenrola, e de dimensões imprevisíveis, é o dos que pouparam a vida inteira para formar um fundo de pensão, e dos próprios grandes fundos que tinham os seus ativos aplicados em ações que perderam valor. É preciso lembrar que os administradores das grandes instituições de especulação trabalham essencialmente com dinheiro de terceiros, e que têm os seus salários – em geral na faixa de dezenas de milhões ao ano – garantidos, foram os primeiros a saber como realocar o que tinham em opções empresariais. Mas os detentores de ações perderam massas avassaladoras de recursos, mais de 30 trilhões neste início de 2009. Quando uma pessoa tem mil dólares em dinheiro, enquanto não houver um surto inflacionário, tem o seu poder de compra garantido. Mas quando os seus dólares foram transformados em papéis que perderam todo valor, estão arruinados. Muita gente procurou dólares para se livrar de ações de empresas perfeitamente produtivas, e que fazem coisas úteis, buscando a segurança do dinheiro vivo, agravando o processo.




Temos assim um processo desequilibrado, em que por um lado os impressionantes avanços tecnológicos permitiram fortes aumentos de produtividade sistêmica no planeta, mas por outro lado a apropriação dos excedentes gerados se dá na mão de intermediários, não de produtores, e muito menos dos trabalhadores. Este desvio das capacidades financeiras, do investimento produtivo para as esferas da especulação, está no centro da perversão sistêmica que enfrentamos.



Especulação e concentração de renda



Num plano mais amplo, portanto, o próprio sistema é desequilibrado em termos de alocação e de apropriação de recursos, mesmo quando não há crise. Marjorie Kelly produziu nesta área um estudo particularmente interessante, intitulado “O direito divino do capital”. Analisando o mercado de ações dos Estados Unidos, Kelly constata que a imagem das empresas se capitalizarem por meio da venda de ações é uma bobagem, pois o processo é marginal: “Dólares investidos chegam às corporações apenas quando novas ações são vendidas. Em 1999 o valor de ações novas vendidas no mercado foi de 106 bilhões de dólares, enquanto o valor das ações negociado atingiu um gigantesco 20,4 trilhões. Assim que de todo o volume de ações girando em Wall Street, menos de 1% chegou às empresas. Podemos concluir que o mercado é 1% produtivo e 99% especulativo”. Mas naturalmente, as pessoas ganham com as ações e, portanto, há uma saída de recursos: “Em outras palavras, quando se olha para as duas décadas de 1981 a 2000, não se encontra uma entrada líquida de dinheiro de acionistas, e sim saídas. A saída líquida (net outflow) desde 1981 para novas emissões de ações foi negativa em 540 bilhões”...”A saída líquida tem sido um fenômeno muito real – e não algum truque estatístico. Em vez de capitalizar as empresas, o mercado de ações as tem descapitalizado.



Esta forma de drenar a riqueza produzida pelas empresas está baseada num pacto de solidariedade nas próprias corporações, em que os acionistas são bem remunerados pelos seus aportes iniciais, e os administradores levam salários nababescos (na faixa de dezenas e frequentemente centenas de milhões de dólares anuais mais opções). Encontramos aqui a boa e velha mais valia, onde a produtividade do trabalho aumenta de forma acelerada graças às novas tecnologias, mas a participação da remuneração do trabalho declina. O FMI apresenta uma tabela bem clara referente aos países mais desenvolvidos (ver tabela abaixo). Constatamos que a parte da renda destinada à remuneração do trabalho cai sistematicamente entre 1980 e 2005 nos países avançados. É o efeito prático mais direto do neoliberalismo. É interessante lembrar que em 1980 se inicia, com Reagan e Margareth Thatcher, a onda neoliberal. E é bom recorrer a estatísticas do Fundo, pouco suspeito no caso.
IMF, Finance&Development, June 2007, p. 21


A compreensão deste “pano de fundo” é importante, pois não se trata apenas de um sistema bom que entrou em crise por movimentos conjunturais: a financeirização dos processos econômicos vem há décadas se alimentando da apropriação dos ganhos da produtividade que a revolução tecnológica em curso permite, de forma radicalmente desequilibrada. Não é o caso de desenvolver o tema aqui, mas é importante lembrar que a concentração de renda no planeta está atingindo limiares absolutamente obscenos.
Fonte: Human Development Report 1998, p. 37



Os lucros financeiros no Brasil
Finalmente, e antes de entrar nas propostas, um comentário sobre a situação particular da intermediação financeira no Brasil. Basicamente, cinco grupos dominam o mercado. A ANEFAC, Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contábeis, apresenta mensalmente a taxa média de juros efetivamente praticada junto ao tomador final, pessoa física ou pessoa jurídica.



A situação aqui é completamente diferente dos bancos dos países desenvolvidos, que trabalham com juros baixos e alavancagem altíssima. Essencial para nós, é que sustentar no Brasil juros que são da ordem de mil por centos relativamente aos juros praticados internacionalmente, só pode ser realizado mediante uma cartelização de fato. Para dar um exemplo, o Banco Real (Santander Brasil) cobra 146% no cheque especial no Brasil, enquanto o Santander na Espanha cobra 0% (zero por cento) por seis meses até cinco mil euros. Os ganhos dos grupos estrangeiros no Brasil sustentam assim as matrizes. Lembremos ainda que a Anefac apresenta apenas os juros, sem mencionar as tarifas cobradas. Os resultados são os spreads fantásticos e lucros impressionantes que o setor apresenta, sobre um volume de crédito no conjunto bastante limitado (39% do PIB) para uma economia como o Brasil. A intermediação financeira tornou-se assim um fator central do chamado “custo Brasil”, e um vetor central da concentração de renda. Os lucros são tão impressionantes, que ao abrigo deste cartel mesmo grupos de comércio, em vez de se concentrar em prestar bons serviços comerciais, hoje se concentram na intermediação financeira.



Os números apontam para o bom momento econômico e social do país. Entretanto, é preciso estar atento para o fato de que o mundo do trabalho ainda não é capaz de repassar ao trabalhador parte significativa dos ganhos obtidos nos últimos anos. A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE indica, por exemplo, que entre 2001 e 2008, houve aumento de produção física da indústria brasileira na ordem de 28,1%, com ganhos de produtividade do trabalhador de 22,6%. A folha de pagamento por trabalhador, em contrapartida, cresceu, em termos reais, 10,5% no mesmo período de tempo. Por conta disso, o Custo Unitário do Trabalho (CUT) – entendido como a razão entre o rendimento real médio por trabalhador ocupado e a produtividade – apresentou queda de 10,2% no mesmo período de tempo. Noutras palavras, a remuneração dos trabalhadores não tem acompanhado plenamente os ganhos de produtividade da indústria brasileira. Se não são os salários a incorporar completamente os ganhos de produtividade, não podem ser percebidos sinais de pressão sobre os custos de produção, o que poderia sugerir alguma pressão inflacionária. Sem o repasse pleno da produtividade aos trabalhadores, estimula a expansão do estrato superior na distribuição de renda no Brasil.




No geral tanto nos países desenvolvidos, como no Brasil, cada vez mais os lucros corporativos estão alimentando atravessadores financeiros, gerando uma ampla classe de rentistas. A questão, vista do ponto de vista de “quem paga”, tende a deslocar-se, na visão das pessoas, para pensar melhor em “a quem pagamos”. Trata-se de poupanças da população. Este ponto é essencial, pois tratando-se de um cassino gerado com dinheiro da população, proteger os especuladores pode legitimamente ser apresentado como uma proteção à própria população, pois é o dinheiro dela que está em risco. Isto gera, evidentemente, uma posição de chantagem, e uma correspondente posição de poder. E permite deixar de lado o que deve ser a questão central da canalização das poupanças: não se os intermediários estão ganhando ou perdendo dinheiro, mas a que agentes econômicos, a que atividades, a que tipo de desenvolvimento e com que custos ambientais devem servir estas poupanças. Bastará assegurar que não quebre um sistema cujo produto final não está servindo?



As medidas propostas: salvar o sistema ou transformá-lo? Naturalmente, dado o peso político do sistema especulativo mundial engendrado nas últimas décadas, predomina na mídia e nas tomadas públicas de posição a busca de um simples conserto, um “arreglo” como dizem os hispânicos, que permita aos especuladores voltar aos bons dias. Inclusive, quase não se encontram explicações sobre os mecanismos: a mídia se concentra no que se tem chamado de “economia de elevador”, jogando diariamente cifras sobre porcentagens de ganhos e perdas, e entrevistando magos que decifram o futuro dos altos e baixos, sobre os quais em geral não têm a mínima ideia. A palavra chave, que protege o consultor, é sempre que “o mercado está nervoso”, o que implica cientificamente que tudo é possível.





Segundo, se já depois do calote de Nixon em 1971, com a desvinculação do dólar da sua cobertura em ouro, já se falava na morte do sistema Bretton Woods, hoje a visão torna-se muito mais ampla, pois houve uma falência generalizada dos mecanismos de regulação que se acreditava serem funcionais. Em particular, a regulação financeira havia sido montada como instrumento destinado a impedir o comportamento irresponsável por parte dos países em desenvolvimento, e a crise surge nos países que se propunham como modelo. Não há instrumentos de regulação multilateral para esta situação. A imagem de um Bretton Woods II, no sentido de uma reformulação sistêmica dos processos regulatórios e das regras do jogo, está no horizonte.





Quarto, e particularmente importante para nós, com a reunião do G20 em 15 de novembro de 2008, há pela primeira vez um reconhecimento planetário de que o mundo dito “em desenvolvimento” existe não apenas como fonte de matérias primas e de problemas, mas como fator essencial da construção de soluções.





Não é o caso aqui de entrar no detalhe da enxurrada de propostas que surgem, veremos apenas os rumos gerais. É interessante consultar as 47 propostas elencadas na sequência da reunião do G20 em novembro de 2008, a bateria de sugestões desenvolvidas por Barack Obama para reequilibrar a economia norte-americana (indo bastante além do mercado financeiro), a consulta organizada por Eichengreen a um conjunto de especialistas dias antes da reunião do G20, as propostas preliminares do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia. Trata-se por enquanto de propostas, não mais do que isto.



Agrupando as propostas segundo os seus eixos de impacto, as mais significativas vêm na área da governança, já que claramente ninguém estava governando coisa alguma.22 A principal questão envolve a existência ou não de um instrumento supranacional de regulação financeira global, na linha de uma World Financial Organization (WFO) análoga à Organização Mundial do Comércio (WTO na sigla inglesa). Dado o caráter internacional dos processos especulativos, a sua evolução para sistemas racionais de canalização de capitais em função de necessidades reais do desenvolvimento terá de alguma forma ser coordenada ao nível mundial. Na reunião do G20, qualquer opção neste sentido foi vetada pelos Estados Unidos, que colocaram nas resoluções a afirmação de que os problemas serão resolvidos antes de tudo pelos “reguladores nacionais”. Os Estados Unidos assim preservam a sua capacidade de agir mundialmente, mas de se regularem nacionalmente. Com esta visão, evidentemente, simplesmente não haverá regulação.





Neste plano tem sido ainda colocado um argumento central: com a regulação fragmentada atual, qualquer país que passe a exercer algum controle sobre o movimento de entrada e saída de capitais, visando assegurar o seu uso produtivo e evitar os movimentos pró-cíclicos, passa imediatamente a ser discriminado nos movimentos, tanto pelos investidores institucionais como pelas agências de risco. A regulação, nestas condições, ou é planetária ou ineficiente.




Este tipo de recomendações constitui uma visão de que o sistema deve se manter, mas a sua governança deve melhorar. O problema básico, naturalmente, é o das próprias condições da governança. O elefante no meio da sala – o que não dá para não ver, e que é grande demais para mover – é o pequeno clube de gigantes mundiais que maneja todo este processo, que desencadeou o caos e que chamamos por alguma razão misteriosa de “forças de mercado”. A delicadeza com que se trata este grupo comove. Na declaração do G20 de 15 de novembro, merece apenas três linhas: “As instituições financeiras também (!) devem arcar com a sua parte da responsabilidade na confusão (turmoil), e deveriam fazer a sua parte para superá-la, inclusive reconhecendo as perdas, melhorando a informação (disclosure) e fortalecendo a sua governança e práticas de gestão de risco”.





No conjunto, é óbvio que um sistema onde um país detém o poder de emitir uma moeda cujo uso é internacional, é estruturalmente desequilibrado. Qualquer proposta de se regular gigantes planetários sem haver um sistema supranacional efetivo é estruturalmente ineficaz. Na realidade, estamos aqui no reino do “wishful thinking”, de propostas destinadas a negociar a transição até sairmos magicamente do fundo do poço, para saudar a volta dos happy days e esperar a próxima crise. A grande incógnita neste início de 2009, é o próximo presidente dos Estados Unidos, que recebe um país profundamente desmoralizado e caótico nos planos político, militar, econômico e sobretudo ético. O caos gerado nesta presidência Bush, em que o poder de fato foi exercido não por um presidente, mas por corporações, políticos corruptos e fundamentalistas religiosos, abre espaço para mudanças profundas. Se as forças que estão se agregando em torno a Barack Obama terão dinamismo suficiente para gerar mudanças institucionais, é um ponto de interrogação, mas em todo caso é um potencial e uma oportunidade. Aliás a crise, ao cimentar a eleição de Obama, algo de positivo já trouxe.




A convergência das crises: um outro desenvolvimento, outras instituições



Tivemos portanto de imediato numerosas propostas de consertos do sistema, sem mexer na sua lógica. A intenção é claramente mostrar que no futuro será diferente, pois teremos governos severos e austeros que cobrarão resultados. Haverá postura e ética no sistema reformado. E os grupos responsáveis por tudo isto, que aliás aparecem tão pouco na mídia quando os dias são bons, passarão a se comportar de maneira socialmente responsável. As propostas surgem mesmo sem muita base institucional ou elaboração técnica, porque uma massa de poupadores no planeta está sendo atingida diretamente – da classe média para cima – pelo derretimento das suas poupanças e das suas esperanças de aposentadoria.28 E na medida em que o caos financeiro gerado pelos especuladores está atingindo os produtores efetivos de bens e serviços, é o povo em geral que passa a sofrer as consequências. Dentro do sistema, há uma clara consciência da volatilidade política da situação. Propostas, em consequência, surgem rapidamente. A sua implementação – a não ser os trilhões demandados pelos grandes grupos – obedecerá a outros ritmos.





As propostas que estão surgindo vêm de pessoas como Jeffrey Sachs, que propõe que o uso dos recursos financeiros seja formalmente vinculado à construção das Metas do Milênio. Stiglitz trabalha com uma visão de fazer os objetivos de qualidade de vida nortearem a alocação de recursos, e não apenas o chamado Produto Interno Bruto. Hazel Henderson resgata a importância da taxa Tobin, que cobraria um imposto sobre transações internacionais especulativas para financiar um desenvolvimento socialmente mais justo. Ignacy Sachs trabalha com a visão de uma convergência da crise financeira com a crise energética e a necessidade de repensarmos de forma sistêmica o nosso modelo de desenvolvimento. Não se trata aqui de um idealismo excessivo, e sim de uma apreciação fria dos nossos desafios.





Estamos aqui entre pessoas que entenderam que se trata de um sistema que sem dúvida deixou de funcionar, e que está portanto em crise, mas que sobretudo é um sistema que quando funciona é inviável. As soluções têm de ser mais amplas. Esta visão mais ampla pode – e apenas pode – viabilizar mudanças mais profundas.





A perda de empregos por parte de gente que estava cumprindo bem as suas funções produtivas, porque uns irresponsáveis gostam de ganhar dinheiro com poupança dos outros, gera indignação. A perda da base de sobrevivência de cerca de 300 milhões de pessoas no planeta que viviam de pesca artesanal, porque grandes empresas de pesca oceânica estão acabando com a vida nos mares, está gerando outra faixa de irritações políticas. O caos climático está trazendo as primeiras amostras do seu potencial, e está gerando outros desesperos, além de tomadas mais amplas de consciência. A contaminação da água doce por excessos de quimização, insuficiências clamorosas de saneamento, e esgotamento de lençóis freáticos, está levando a um conjunto de crises setoriais que envolvem desde a redução da pesca até à tragédia de 1,8 milhão de crianças que morrem anualmente por não ter acesso à água limpa, e à ameaça de regiões rurais que dependiam de uma segunda safra com irrigação.



Ignacy Sachs resume bem o dilema: que desenvolvimento queremos? E para este desenvolvimento, que Estado e que mecanismos de regulação são necessários? Não há como minimizar a dimensão dos desafios. Com 6,7 bilhões de habitantes – e 70 milhões a mais a cada ano – que buscam um consumo cada vez mais desenfreado, e manejam tecnologias cada vez mais poderosas, o nosso planeta mostra toda a sua fragilidade. A questão básica que se coloca para a reformulação do sistema de intermediação financeira é que é criminoso o desperdício das nossas poupanças e do potencial mundial de financiamento no cassino global, quando temos desafios sociais e ambientais desta dimensão e urgência, e que necessitam vitalmente de recursos.





As alternativas não serão construídas da noite para o dia. Algumas medidas são óbvias, e já estão sendo amplamente discutidas: controlar os paraísos fiscais, taxar os movimentos especulativos, organizar sistemas de controle e regulação sobre os intermediários financeiros, voltar a separar as atividades propriamente bancárias dos investidores institucionais, criar sistemas locais de financiamento e assim por diante. Mas numa visão mais abrangente, temos de estar conscientes de que estamos enfrentando a construção de uma nova institucionalidade. O planeta não sobrevive – e muito menos o bípede curiosamente chamado de homo sapiens – sem amplos processos colaborativos, visão de longo prazo, planejamento e intervenções sistêmicas. O papel do Estado precisa ser resgatado, já não como socorro de iniciativas corporativas irresponsáveis, mas como articulador de um desenvolvimento mais justo e mais sustentável, e com forte participação da sociedade civil organizada.





Viável? Lamentavelmente, esta não é a questão. As medidas terão de ser tomadas. O aquecimento global, por exemplo, está se dando, e a opção de se queremos ou não enfrentá-lo não está na mesa, e sim o como. A crise financeira representa apenas uma oportunidade – e não uma garantia – para organizarmos uma convergência de forças da sociedade interessadas num desenvolvimento que tenha um mínimo de viabilidade econômica, de equilíbrio social e de sustentabilidade.