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segunda-feira, 5 de maio de 2014

A MODERNIZAÇÃO DE RETIFICADORES NAS PLATAFORMAS MARÍTIMAS DA BACIA DE CAMPOS




As primeiras e pioneiras plataformas na Bacia de Campos foram super dimensionadas em relação ao que se vê hoje em termos de plataformas marítimas. Construídas na década de 70 foram dotadas de todo o suporte relacionado ao que se conhecia até então como o mais seguro e mais avançado tecnologicamente. As luminárias de emergência por exemplo eram dispositivos a prova de explosão que se acendiam automaticamente na ausência de energia, que dispunham de baterias internas, e que por serem a prova de explosão eram todas blindadas e tinham um peso considerável, além de um preço equivalentemente elevado. Tornaram-se obsoletas e revelaram-se uma má solução para o problema que hoje dispõe de tecnologia mais avançada para essa finalidade.

Essas primeiras plataformas montadas em módulos que depois iam se acoplando, tinham algumas diferenciações entre esses módulos que dificultavam enormemente sua operação. Uma dessas dificuldades era a variedade de tomadas a prova de explosão já que os trabalhos realizados na área industrial tinham que ser feitos com essas tomadas e cada módulo tinha um padrão de tomada à prova de explosão diferente de tal forma que um plug macho de um módulo não servia para o outro.


Na parte que se refere a Corrente contínua que são os retificadores, e inversores, e que é um setor de fundamental importância para a operacionalização da plataforma, as instalações foram todas projetadas e desenvolvidas pela melhor empresa do setor no mundo na época que era a SAFT-NIFE que posteriormente já nos anos 90 veio a desaparecer e sua marca foi comprada por outros grupos. Hoje é mais conhecida por fabricar baterias estacionárias, em sociedade com outros grupos industriais. Na verdade da Nife só restou o nome e a marca que foi adquirida por outros grupos.

No final dos anos 90 as plataformas mais antigas sofriam em suas instalações de corrente contínua com um crônico processo de obsolescência, já que os equipamentos NIFE instalados nas unidades mais antigas, não dispunham mais de peças de reposição, mais particularmente, placas eletrônicas que podiam ser reparadas por pessoal técnico da própria petrobras, mas que iam progressivamente se tornando obsoletos, propícios a falhas e interrupções. Há que se observar que uma falha em um equipamento de corrente contínua, pode comumente produzir um enorme transtorno à operacionalização de toda a plataforma pois tem classificação "GLOBAL" ou seja causam um fenômeno que nas unidades marítimas denomina-se SHUTDOWN. Isso derruba todo o funcionamento da plataforma e causa interrupção na produção de uma plataforma de petróleo.

EXEMPLO DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE UMA PLATAFORMA MARÍTIMA
A paralisação de produção em uma unidade marítima dependendo do volume de produção, pode representar um prejuízo que facilmente chega a casa das centenas de unidades de 1000 dólares, por isso todas as vezes que há paralisação de produção, normalmente é feito uma investigação para se descobrir a causa e tratar de evita-la em futuro, já que é extremamente caro em termos de prejuízo financeiro.

A deterioração pela idade dos equipamentos, bem como pelo desgaste natural destes, conduzia para a necessidade de se buscar soluções que viabilizassem a continuidade operacional das unidades marítimas que sofriam com frequentes problemas de quedas de produção devido a panes em sistemas de corrente contínua. As soluções padrão anunciavam-se com um elevado custo financeiro porque passavam pela remodelação de todo o parque de equipamentos de corrente contínua, e pela licitação dos serviços de substituição dos equipamentos em operação. Muita discussão sobre o que seria melhor nesse caso aconteceu. Deixar como estava, bancando os eventuais prejuízos, melhorando a manutenção, fazer a remodelação, enfim, soluções que não atendiam com perfeição a necessidade que até então se colocava.

Foi então que surgiu a solução VERTEL. A VERTEL era uma empresa que foi fundada a partir dos funcionários da antiga NIFE e desenvolveu uma modernização para os equipamentos de corrente contínua que pertenciam a NIFE mas ela atendia também outros fabricantes.

A VERTEL aproveitava toda a infra estrutura existente de um equipamento de corrente contínua a ser modernizado, e que era a parte mais cara. O armário, os semicondutores de potência com seus dissipadores, os transformadores e indutores de potência, etc...

A partir dai criava um projeto baseado naquilo que já existia, substituindo toda a fiação, os cartões eletrônicos e toda a parte lógica do equipamento. Entregava tudo funcionando, com cartões reserva já testados e calibrados, farta documentação sobre os equipamentos de forma a facilitar futuras intervenções, (Essa era uma particularidade que trazia muitas dificuldades aos técnicos da Petrobras que se especializaram em intervir nesses equipamentos porque os desenhos das unidades novas que estavam sendo instaladas eram por demais carentes de documentação, e os antigos tinham tido muita documentação extraviada.) 

O custo de  tudo isso era a parte mais interessante, tendo em vista que era bem abaixo de qualquer outra solução padrão que pudesse ser adotada, basicamente porque o mais caro do equipamento seria reaproveitado.




Essa solução de imediato seduziu todas as unidades marítimas da Bacia de Campos com exceção de Garoupa. Garoupa foi uma unidade que se rebelou contra essa solução e preferiu contratar os serviços da outra empresa bem conceituada e moderna, que utilizou o conceito de módulos destacáveis, mas que óbviamente cobrou seu preço.

Módulos de potência que trabalham em paralelo

Os módulos destacáveis são módulos que trabalham em paralelo somando potência. Se um dos módulos apresentar problema, os outros módulos assumem sua carga e continuam operando, e aquele que apresentou problema pode ser destacado e substituído. É uma solução moderna e inovadora.

Dessa forma foi resolvido com uma formulação a baixo custo o problema da substiuição dos equipamentos de Corrente Contínua na Bacia de Campos.


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