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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

INCONGRUÊNCIAS DAS RELIGIÕES


INCONGRUÊNCIA significa falta de congruência, de conformidade, concordância, harmonia, adequação, correspondência, identidade etc.

Quando digo que as religiões são incongruentes, o afirmo porque elas procuram impor dogmas. Dogmas são crenças que em verdade possuem um lado falho, ou seja um lado que não se adequa à realidade e a lógica das coisas, e aqui iremos discorrer sobre elas.

As religiões evangélicas que são aquelas derivadas do protestantismo de Martin Lutero, quais sejam as religiões Batista, Metodista, Adventista, Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus e outras , pois são inúmeras, não aceitam a tese da Reencarnação. Algumas não aceitam a tese da Sobrevivência da alma após a morte, o que vem se chocar contra a própria Bíblia que afirmam tratar-se da única e inequívoca verdade.


O grande problema dessas religiões é a própria Bíblia e particularmente Jesus, porque Jesus trouxe Verdades que vieram a subverter a ordem até então reinante entre os Judeus e por isso a cúpula da Igreja Judaica conspirou contra Jesus levando-o à ser crucificado. Não se enganem. Os Judeus da Cúpula do Sinédrio chefiados por  Caifás foram os responsáveis pela crucificação e morte física de Jesus.


Uma das coisas que ficou patente na trajetória do mestre Jesus, foi a confirmação da existência da Reencarnação. E há sinais disso por toda a Bíblia.

Iremos citar alguns pontos porque são tantos que se tornaria longo demais essa exposição.

O caso mais patente e mais evidente sobre o que afirmo é o caso de João Batista. Senão vejamos.

Em Lucas capítulo 1 versículo 17 está escrito o seguinte a respeito de João Batista :

Que João Batista iria adiante de Jesus no espírito e poder de Elias para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido.

Essa é a primeira referência ao fato de que João Batista era em verdade a reencarnação de Elias.

Entretanto outras viriam.
Mais a frente, Jesus em Mateus, capitulo 11 versiculo 10 em diante afirmava. 

verso 10 - Este é aquele de quem está escrito. Eis ai envio eu ante a tua face o meu mensageiro que há de preparar adiante de ti o teu caminho.

verso 11 - Em verdade vos digo que entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista, mas aquele que é menor no reino dos céus é maior do que ele.

verso 12 - E desde os dias de João o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto.

verso 13 - Pois todos os profetas e a lei profetizaram até João.

verso 14 - E se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

Note-se que Jesus além de dizer claramente, sem sombra de dúvida que João Batista é este o Elias que havia de vir, pois fora profetizado, afirma que João Batista é o maior de todos os Nascidos de Mulher.

E aqui vai a pergunta que não quer calar. Mas Jesus não foi nascido de mulher? Além do mais Jesus não era filho de Homem pois foi concebido pelo Espírito Santo, e Jesus não era maior do que João Batista? Então como é que João Batista era o maior de todos os nascidos de mulher?



Essa explicação é uma coisa que eu não encontrei entre os mais eruditos e notórios sábios das religiões evangélicas, mas tem uma explicação, e essa explicação não pode ser aceita pelas religiões evangélicas pois se choca com os seus dogmas.



Para os Judeus o Termo "Filho do Homem" tinha outro significado e esse significado já tinha sido utilizado no passado principalmente para se referir ao profeta Ezequiel.




Senão Vejamos:



O Novo Testamento se refere a Jesus como o “Filho do Homem” 88 vezes. O que isso significa? A Bíblia não diz que Jesus era o Filho de Deus? Então como Jesus também poderia ser o Filho do Homem? O primeiro significado para o termo "Filho do Homem" é usado em referência à profecia de Daniel 7:13-14: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.



O termo "Filho do Homem" era um título Messiânico. Jesus é o único a quem foi dado domínio, glória e o reino. Quando Jesus usou esse termo em referência a Si mesmo, Ele estava atribuindo a profecia do “Filho do Homem” a Si mesmo. Os judeus daquela época com certeza estariam bem familiarizados com o termo e a quem se referia. Ele estava proclamando ser o Messias.


Deus chamou o profeta Ezequiel de "filho do homem" 93 vezes. Jesus era 100% Deus (João 1:1). 1 João 4:2 nos diz: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus." Sim, Jesus era o Filho de Deus – Ele era Deus em Sua essência. Em resumo, a frase "Filho do Homem" indica que Jesus é o Messias..


Mas se EZEQUIEL (Profeta) era Filho do Homem e Jesus também era, como se explica a questão do MESSIAS, tendo em vista que EZEQUIEL não era o Messias? Só Jesus era.



Encontrei essa explicação no livro "SABEDORIA DO EVANGELHO" de Carlos Torres Pastorino, que é realmente o maior de todos os que já conheci em termos de entendimento e estudo da Bíblia. Veja sua explicação:


FILHO DO HOMEM

A expressão hebraica “filho de ... “, exprime o possuidor da qualidade da palavra que se lhe segue: filho da paz” é o pacífico; “filho do estrangeiro” é o estrangeiro; nessa interpretação, “filho do homem é o homem. No entanto, embora em alguns passos possa interpretar-se assim (por exemplo:

“Deus não é como um homem que mente, nem como o filho do homem que muda “, Núm. 23:19) nem sempre essa expressão se conservou com esse sentido. Na época mais recente do profetismo, o significado se foi elevando, passando a designar algo de especial.

Observamos assim que Daniel (7:13) descreve a visão que teve do “Filho do Homem que vinha sobre as nuvens do céu”. Isaías fala: “feliz o Filho do Homem que compreende isto” (56:2). Jeremias afirma que o Filho do Homem não habitará a Iduméia(49:18) nem Asor (49:33) nem Babilônia (50:40 e
51:43), significando que não terá participação com os pecadores. 

Ezequiel só é chamado por YHWH de “Filho do Homem” (em todo o livro de Ezequiel, 92 vezes). O sentido, dessa maneira, se foi restringindo até assumir o significado que, na época de Jesus, já se havia firmado: era o Homem que já se havia libertado do ciclo reencarnatório (“guilgul” ou “samsara”). Nesse sentido, “Filho do Homem” se opunha a “Filho de Mulher”, que representava o homem ainda sujeito às reencarnações, ainda não liberto da necessidade de nascer através da mulher.

O “Filho do Homem” é o Espírito que já terminou sua evolução, e que portanto se tornou o “produto do Homem”, o “fruto da humanidade”. Não mais necessita encarnar, mas pode fazê-lo, se o quiser.

Não está preso ao “ciclo fatal” (kyklos anánke): vem quando quer. São os grandes Manifestantes da Divindade, os Mensageiros, os Profetas, os Enviados, os Messias, que descem à carne por amor à humanidade a fim de trazer revelações, de indicarem o caminho da evolução, exemplificando com sua vida de dores e sacrifícios, a estrada da libertação, que eles já percorreram, e que agora apenas perlustram para mostrar, como modelos, o que compete ao homem comum fazer por si mesmo. É o caso de
Krishna, Buddha, Moisés, Ezequiel, Jesus, Maomé, Ramakrishna, Bahá ’u ’lláh e outros.

Em o Novo Testamento encontramos o título “Filho do Homem” aplicado por Jesus a ele mesmo na seguinte proporção: em Mateus, 31 vezes; em Lucas, 25 vezes; em Marcos, 14 vezes; em João, 12 vezes; apenas em João 12:34 o título lhe é dado pelo povo. No entanto, Jesus não o aplica a mais ninguém. E dá-nos ele mesmo a definição do que entendia pela expressão, quando diz: “ninguém subiu ao
céu, senão aquele que desceu do céu. A saber, o Filho do Homem” (Jo. 3:13), ou seja, só aquele que já subiu ao céu (que já se libertou da Terra, das reencarnações) é que, ao descer à Terra reencarnado, pode ser chamado “Filho do Homem”, como era seu caso. Esse tem conhecimento próprio, adquirido pela experiência pessoal, do que se passa nos planos superiores à humanidade, e portanto pode falar com autoridade.


Não sendo mais “Filho de Mulher”, mas “Filho do Homem”, podia ele dizer que João Batista era o maior entre os “Filhos de Mulher”, ou seja, entre aqueles que ainda estão sujeitos à reencarnação pela Lei do Carma. João era, realmente o maior entre os presos à “roda de Samsara”; mas o menor dos já libertos, era superior a ele; e Jesus era Filho do Homem, já liberto.



Interessante observar que, no resto do Novo Testamento, a expressão “Filho do Homem” aplicada a Jesus (que assim se denominava) só é encontrada na boca de Estêvão (Atos, 7:56) e em dois passos do Apocalipse (1:13 e 14:14). Explica-se o fato porque, fora da Palestina, sobretudo entre os gentios, a expressão podia ser interpretada ao pé da letra, e portanto traria sentido ridículo à pregação dos apóstolos sobre a pessoa de Jesus.


Sabedoria do Evangelho - tomo 1 - pag 131 - Pastorino, Carlos T.


Portanto pelo que entendemos dessa brilhante explicação de Carlos Torres Pastorino, Ezequiel era "FILHO DO HOMEM", ou seja um dos que não precisava mais reencarnar, pois já tinha subido aos céus, era portanto maior do que João Batista que não tinha subido aos céus. Jesus mais ainda era "Filho do Homem" prometido pelas profecias e tinha subido ao céu e retornou por vontade própria, não porque tivesse sido obrigado. João Batista era de todos os Nascidos de mulher, portanto os que necessitam ainda reencarnar, o maior, mas o menor no reino dos céus era maior do que João o Batista, tendo em vista que para subir ao céu não precisaria mais reencarnar como filho de mulher a menos que quisesse.



Os Judeus estavam bem familiarizados com esse termo e isso é idicativo de que eles acreditavam em reencarnação uma vez que o termo é associado à ideia de reencarnação. Tanto o termo "FILHO DO HOMEM" como o termo "NASCIDO DE MULHER" ou "FILHO DE MULHER". Todos esses termos foram portanto utilizados por Jesus. Jesus portanto não estava falando de algo que os Judeus não conheciam, senão de algo que conheciam bem, e se Jesus os utilizou, Jesus também concordava com a idéia de Reencarnação.



Senão vejamos.



A certeza de que os Judeus acreditavam na reencaração está evidente nos evangelhos. vejamos:



E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas.


Aqui fica evidente que para que Jesus fosse um daqueles que foi mencionado, seu espírito teria que ter reencarnado em um deles, e Jesus não contestou tal crença pois evidentemente participava dela.



E aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os discípulos; e perguntou-lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou?
E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou.



Nessa parte além da crença na reencarnação, fica evidente que o termo RESSUSCITAÇÃO tinha outro sentido que é o mesmo de Reencarnação, porque ninguém ressuscita com aparência e nome de outra pessoa, diversa daquilo que era. Sempre ressuscita com seu próprio nome e aparência. Jesus portanto se tivesse ressuscitado o teria feito com outro nome e aparência. Além de tudo temos que levar em conta que o temo REENCARNAÇÃO não era conhecido na época de Jesus. Esse termo é próprio do movimento espírita Kardecista iniciado por Alan Kardec por volta de 1985, portanto bem recente.


E saiu Jesus, e os seus discípulos, para as aldeias de Cesaréia de Filipe; e no caminho perguntou aos seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens que eu sou?

E eles responderam: João o Batista; e outros: Elias; mas outros: Um dos profetas.


Aqui novamente o episódio é narrado por Marcos demonstrando que ficou bem marcado e impressionado na memória daqueles que depois vieram a narrar as passagens de Jesus para que os evangelhos fossem escritos.

A passagem de Jesus com Nicodemos também é claramente uma confirmação da reencarnação, porque quando Nicodemos pergunta a Jesus, "COMO PODE UM HOMEM VELHO ENTRAR NA BARRIGA DA SUA MÃE E RENASCER", Jesus surpreende-se pelo fato de Nicodemos que era um mestre em Israel não ter conhecimento disso.


E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.


Aqui quando Jesus refere-se a "NASCER DE NOVO" foi interpretado pelos Evangélicos como nascer de novo pelo ato do Batismo, mas segundo os re-encarnacionistas essa é uma clara referência à reencarnação.


Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?


Aqui fica demonstrado que Nicodemos entendeu a afirmação de Jesus no sentido literal como afirmam os reencarnacionistas.

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.


Aqui Jesus refere-se ao nascimento vindo do Espírito. "O que é nascido do espírito é espírito" o que se opõe ao nascimento da carne.

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.


Aqui Jesus exemplifica afirmando que o nascimento do espírito não pode ser detectado de onde vem e nem é possível saber para onde vai.



Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?



Jesus aqui surpreende-se com Nicodemos porque mostra desconhecer o que já deveria saber, pois era crença comum entre os Judeus.


Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.



Com respeito à crença dos Judeus na reencarnação, fomos procurar investigar isso e descobrimos que de fato eles acreditavam e ainda acreditam até hoje.

A escatologia judaica é composta de três peças básicas:
  • A Era de Mashiach.
  • O Mundo Vindouro.
  • O Mundo da Ressurreição.

  • A Era Messiânica



  • O Mundo Vindouro
O Mundo Vindouro em si é chamado nas fontes tradicionais de Olam Habá. No entanto, o mesmo termo é usado para se referir ao renovado mundo utópico do futuro – o Mundo da Ressurreição, olam hat’chiá (conforme explicado no parágrafo a seguir). O anterior é o local aonde as almas dos justos vão após a morte – e elas têm ido para lá desde a primeira morte. Aquele local também é algo às vezes chamado de Mundo das Almas. É um local onde as almas existem num estado desencarnado, apreciando os prazeres da proximidade de Deus. Assim, as genuínas experiências de quase morte são presumivelmente lampejos ao Mundo das Almas, o lugar no qual a maioria das pessoas pensa quando o termo Mundo Vindouro é mencionado.

  • O Mundo da ressurreição
O Mundo da ressurreição, em contraste, “nenhum olho viu”, declara o Talmud, é um mundo, segundo a maior parte das autoridades, onde corpo e alma são reunidos para viver eternamente num estado realmente perfeito. Aquele mundo somente virá a existir após Mashiach e será iniciado por um evento conhecido como o “Grande Dia do Julgamento.” (Yom HaDin HaGadol)

O Mundo da Ressurreição é então a suprema recompensa, um lugar no qual o corpo se torna eterno e espiritual, ao passo que a alma se torna ainda mais espiritual.

Em comparação a um conceito como o “Mundo Vindouro”, a reencarnação não é, tecnicamente falando, uma verdadeira escatologia. A reencarnação é meramente um veículo para atingir um fim escatológico. É a reentrada da alma num corpo inteiramente novo no mundo atual. A ressurreição, em contraste, é a reunificação da alma com o corpo anterior (novamente reconstituído) ao Mundo Vindouro, uma história que ainda não foi testemunhada. 

A ressurreição é então um puro conceito escatológico. Seu propósito é recompensar o corpo com a eternidade (e a alma com maior perfeição). O propósito da reencarnação geralmente é duplo: ou compensar uma falha numa vida anterior ou criar um estado novo, mais elevado, de perfeição pessoal ainda não atingido. A ressurreição é então um tempo de recompensa; a reencarnação um tempo de reparo. A ressurreição é a época da colheita; a reencarnação o tempo de semear.

O fato de que a reencarnação é parte da tradição judaica é uma surpresa para muitas pessoas. Apesar disso, é mencionada em vários locais nos textos clássicos do misticismo judaico, começando com a importante fonte da Cabalá, o Livro do Zohar.

Se a pessoa é mal-sucedida em seu propósito neste mundo, o Eterno, Bendito seja, o desenraíza e o replanta muitas vezes mais. (Zohar I 186 b)

Todas as almas estão sujeitas à reencarnação; e as pessoas não sabem os caminhos do Eterno, 
Bendito seja! Elas não sabem que são levadas perante o tribunal tanto antes de entrarem neste mundo quanto depois que o deixam; são ignorantes das muitas reencarnações e obras secretas que têm de passar, e do número de almas nuas, e de quantos espíritos nus vagam no outro mundo sem poder entrar no véu do Palácio do Rei. Os homens não sabem como as almas se revolvem como uma pedra que é atirada de um estilingue. Porém chegará a hora em que estes mistérios serão revelados. (Zohar II 99 b)

O Zohar e a literatura relacionada estão repletos de referências à reencarnação, abordando questões como qual corpo é ressuscitado e o que acontece com aqueles corpos que não atingem a perfeição final, quantas chances uma alma recebe para atingir a compleicão através da reencarnação, se marido e mulher podem reencarnar juntos, se uma demora no enterro pode afetar a reencarnação, e se uma alma pode reencarnar num animal.

O Bahir, atribuído ao sábio do Século Primeiro, Nechuniah ben Hakana, usava a reencarnação para discutir a clássica questão de teodicéia – por que coisas más acontecem a pessoas boas e vice-versa. 

Por que há uma pessoa boa a quem coisas boas acontecem, ao passo que [outra] pessoa justa tem coisas más lhe acontecendo? Isso é porque a [última] pessoa justa fez o mal numa vida prévia, e agora está sentindo as consequencias… Como é isso? Uma pessoa plantou uma vinha e esperava cultivar uvas, mas em vez disso, cresceram uvas azedas. Ele viu que seu plantio e colheita não foram bons, portanto arrancou tudo e plantou novamente. (Bahir 195)

A reencarnação é citada por comentaristas autorizados, incluindo o Ramban (Nachmanides), Menachem Recanti e Rabenu Bachya.  Dentre os muitos volumes do sagrado Rabi Yitschak Luria, conhecido como o “Ari”, a maioria dos quais chegou a nós pela pena de seu principal discípulo, Rabi Chaim Vital, são ideias profundas explicando temas relacionados à reencarnação. Na verdade, seu Shaar HaGilgulim, “Os Portões da Reencarnação”, é um livro devotado exclusivamente ao assunto, incluindo detalhes sobre as raízes da alma de muitas personalidades bíblicas e quem eles reencarnaram desde os tempos da Bíblia até o Ari.

Os ensinamentos do Ari e seus sistemas de ver o mundo se espalharam como fogo após sua morte em todo o mundo judaico da Europa e no Oriente Médio. Se a reencarnação tinha sido aceita em geral pelo povo judaico e pelos intelectuais anteriormente, tornou-se parte do tecido do Judaísmo e da erudição após o Ari, habitando o pensamentos e os escritos de grandes eruditos e líderes dos comentaristas clássicos sobre o Talmud (por exemplo, o Maharsha, Rabi Moshê Eidels) ao fundador do Movimento Chassídico, o Baal Shem Tov, bem como o líder do mundo não chassídico, o Gaon de Vilna.

A tendência continua até hoje. Mesmo algumas das maiores autoridades que não são necessariamente conhecidas pela sua inclinação mística, assumem a reencarnação como uma doutrina básica aceita.

Um dos textos que os místicos gostam de citar como uma alusão escritural ao princípio da reencarnação é o seguinte versículo no Livro de Iyov ():


Olhará para os homens, e dirá: Pequei, e perverti o direito, o que de nada me aproveitou.
Porém Deus livrou a minha alma de ir para a cova, e a minha vida verá a luz.
Eis que tudo isto é obra de Deus, duas e três vezes para com o homem,
Para desviar a sua alma da perdição, e o iluminar com a luz dos viventes.



Veja, todas essas coisas que Deus realiza – duas, até três vezes com um homem – trazer sua alma de volta do poço para que possa ser iluminada com a luz dos vivos. (Jó 33:29)

Em outras palavras, Deus permitirá que uma pessoa volte ao mundo “dos vivos” vinda do “poço” (que é um dos termos bíblicos clássicos para Gehinom ou Purgatório) uma segunda ou terceira vez (ou múltiplas) vezes. Falando de maneira geral, no entanto, este versículo e outros são entendidos pelos místicos como meras alusões ao conceito da reencarnação. A verdadeira autoridade para o conceito está enraizada na tradição.


Notas:
1. Maimônides, Melachim 11:3
2. Comentário sobre a Mishná, Sanhedrin 10:1; cf Sanhedrin 99a
3. Maimônides, Melachim 11:3, 12:5
4. Sanhedrin 91b, 99a, Berachot 34b, Pesachim 68a; Shabat 63a; Maimonides, Teshuvá 9:2, Melachim 12:2.
5. Tosafot, Rosh Hashaná 16b, s.v. leyom din; Emunos V’deyos 6:4(final), Raavad, Hilchos Teshuvá 8:8; Kesef Mishná, Teshuvá 8:2; Derech Hashem 1:3:11
6. Ramban (Nachmanides) Shaar HaGemul. Segundo o Ramban e outras autoridades, o :Mundo das Almas” é freqüentemente mencionado como o Jardim do Éden.
7. Sanhedrin 99a.
8. Ramban, Shaar HaGemul. Citando fontes talmúdicas e midráshicas, o Ramban escreve que há três dias de julgamento, i.e., três vezes a alma é julgada.
1) Rosh Hashaná, quando revisa o ano que passou e determina as circunstâncias materiais para o ano vindouro;
2) Dia da morte, quando revisa a vida que passou e determina o que precisa para continuar a experiência de mais revisão ou está pronta para o Paraíso. 
3) O Grande Dia do Julgamento, que é quando todos que viveram são ressuscitados, os justos para a vida eterna (num mundo físico espiritualizado, segundo o Ramban) e os perversos por aquilo que falta para terminar (segundo outros haverá uma categoria intermediária daqueles que são dignos de continuar num espírito desencarnado, mas não na forma física mais rara do corpo ressuscitado num mundo ressuscitado). Haverá também aparentemente diferentes graus de recompensa (i.e., vivenciando a presença de D’us) neste Mundo Renovado após o Grande Dia de Julgamento, tudo dependendo das ações da pessoa durante a vida. Tem sido questionado: Se uma pessoa é julgada após a sua morte quanto ao seu status no Mundo Vindouro, qual é o propósito do Grande Dia do Julgamento? Uma das respostas diz que depois que uma pessoa morre, todos os filhos, as boas e as más ações e a influência que ela teve sobre os outros ainda “estão em movimento”. Somente ao final da história pode ser feita a “contagem final”, então, quanto ao impacto que a pessoa teve em sua vida.
9. Derech Hashem 1:3:13.
10. Shaar HaGilgulim, cap. 8; Derech Hashem 2:3:10.


11. Muitos ficam surpresos ao descobrir que a reencarnação era uma crença aceita por muitas das grandes mentes da civilização ocidental. Embora o Judaísmo, obviamente, não concorde necessariamente com todos os pensamentos e filosofias dele, apesar disso Platão, por exemplo, (em Meno, Faedo, Timeus, Fedrus e na República), defende a crença na doutrina da reencarnação. Ele parece ter sido influenciado por mentes gregas clássicas anteriores como Pitágoras e Empédocles. No Século Dezoito, a Idade do Iluminismo e do Racionalismo, pensadores como Voltaire (“Afinal, não é mais surpreendente nascer duas vezes do que nascer uma vez”) e Benjamin Franklin expressaram uma afinidade pela noção da reencarnação. No Século dezenove, Schopenhauer escreveu (na obra: Parerga e Paralipomena): “Se um asiático me pedisse uma definição da Europa, eu seria forçado a responder-lhe: ‘É aquela parte do mundo que é assombrada pela incrível ilusão de que o o nascimento da pessoa é sua primeira entrada na vida’…” Dostoevsky (em sua obra: Irmãos Karamazov) refere-se à ideia, ao passo que Tolstoy parece ter bem definido o fato de que vivemos antes. Thoreau, Emerson, Walt Whitman, Mark Twain e muitos outros reconheceram e/ou defenderam alguma forma de crença na reencarnação. Deve-se notar, porém, que algumas autoridades clássicas da Torá, mais especificamente Saadia Gaon, do Século Dez, negava a reencarnação como dogma judaico. Emunos V’Deyot 6:3.
12. O Talmud relata que o sábio do segundo século, Rabi Shimon bar Yochai e seu filho Elazar esconderam-se numa gruta para escapar da perseguição romana. Durante treze anos eles estudaram dia e noite sem distração. Segundo a tradição cabalista (Tikunei Zohar) foi durante aqueles treze anos que ele e seu filho compuseram os principais ensinamentos do Zohar. Oculto por muitos séculos, o Zohar foi publicado e disseminado por Rabi Moshê de Leon no século Treze.
13. Embora o Zohar seja geralmente mencionado como uma obra de um único volume, compreendendo Tikunei Zohar e Zohar Chadash, é na verdade uma compilação de vários tratados menores ou sub-seções. 
14. Zohar I:131a, 186b, 2:94a, 97a, 100a, 105b, 106a, 3:88b, 215a, 216a; Tikunei Zohar 6 (22b, 23b), 21 (56 a), 26 (72a), 31 (76b), 32 (76b), 40 (81a), 69 (100b, 103a, 111a, 114b, 115a, 116b), 70 (124b, 126a, 133a, 134a, 137b, 138b); Zohar Chadash 33c, 59a-c, 107a; Ruth 89a.
15. O Zohar (I 131a): “Rabi Yossi respondeu: ‘Aqueles corpos que são indignos e não atingem seu objetivo serão considerados como se não tivessem existido…’ Rabi Yitschak [discordou e] disse: Para estes corpos o Eterno fornecerá outros espíritos, e se considerados dignos obterão uma morada no mundo, mas se não forem, serão cinzas sob os pés dos justos.” (Cf. Zohar II 105b.
16. Ex.: Zohar III 216a; Tikunei Zohar 6 (22b), 32 (76b) sugere três ou quatro chances. Tikunei Zohar 69 (103a) sugere que se mesmo um pequeno progresso é feito a cada vez, a alma recebe até mil oportunidades de reencarnação a fim de atingir sua compleição. Zohar III 216a sugere que uma pessoa essencialmente justa que passa pelas agruras de vagar de cidade em cidade, de casa em casa – até mesmo tenta abrir negócios (Zohar Chadash Tikunim 107a) – é com se passasse por várias reencarnações. 
17. A resposta é que sim, é uma possibilidade, Zohar II, 106a.
18. “Depois que a alma deixou o corpo e o corpo não respira mais, é proibido mantê-lo insepulto (Moed Katon, 28a; Baba Kama, 82b). Um corpo morto que é deixado insepulto por 24 horas provoca uma fraqueza nos membros da Carruagem e impede que o desígnio de Deus seja cumprido; pois talvez Deus tenha decretado que ele deveria passar pela reencarnação imediata no dia em que morreu, o que seria melhor para a pessoa, mas como o corpo não está enterrado a alma não pode ir à presença de Deus nem ser transferida para outro corpo. Pois uma alma não pode entrar num segundo corpo até que o primeiro seja sepultado…” Zohar III 88b.
19. Tikunei Zohar 70 (133a). Depois os cabalistas detalham as circunstâncias que podem levar à reencarnação em forma vegetal e até mineral. Shaar HaGilgulim, cap. 22 & 29; Sefer Haredim 33, Ohr Chaim 1:26.
20. Bahir 122, 155, 184 e 185 também discutem a reencarnação.
21. Bereshit 38:8, Job 33:30.
22. Ex. comentário sobre Bereshit 34:1; seu Taamei HaMitsvot (16a) diz que a reencarnação é o segredo por trás dos dez sábios talmúdicos que foram abatidos pelos romanos. 
23. Comentário sobre Bereshit 4:25, Devarim 33:6.
24. Suas principais obras são Etz Chaim (Árvore da Vida) e Pri Etz Chaim (Fruto da Árvore da Vida), bem como o Shmonê Shaarim (Oito Portões), que tratam sobre tudo que vai do comentário bíblico até inspiração Divina e reencarnação.
25. Sefer HaGilgulim, “O Livro das Reencarnações,” por Chaim Vital é também um livro inteiro dedicado a este tópico.
26. Comentário sobre Niddah 30b.
27. Comentário ao Livro de Jonah, e muitos outros locais. Por exemplo, R. Meir Simcha de Dvinsk em Ohr Somayach, Hilchot Teshuvá 5, s.v. v’yodati; R. Israel Meir HaKohen [o Chofets Chaim] em Mishnah Berurá 23:5 e Shaar HaTzion 702:6; R. Yaakov Yisroel Kanievsky [o Steipler Gaon] em Chayei Olam.
28. Guehinom refere-se, geralmente, a uma experiência com tempo limitado (Edyos 2:10) na vida posterior, onde a alma é purgada de suas culpas num processo, depois que tudo foi feito e dito, descrito como doloroso, embora catártico. Num sentido mais profundo, a pessoa grosseira é recompensada na mesma moeda. Assim como agiu grosseiramente ao pecar, agindo como se Deus não estivesse presente, ele é pago tendo de passar pelo Guehinom, um local diferente do Céu, onde a presença de Deus de certa maneira está oculta, ou pelo menos não aberta e livre. (O nome Guehinom vem do vale ao sul de Jerusalém, conhecido como o vale [Guei] do filho de Hinnom, onde certa vez crianças foram sacrificadas a Molech (II Reis 23:10’; Yirm. 2:23; 7:31-32; 19:6). Por este motivo o vale foi considerado amaldiçoado, e Guehinom assim tornou-se um sinônimo para Purgatório.
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Continuando nossa exposição sobre João Batista, vamos nos reportar agora ao episódio bíblico conhecido como a TRANSFIGURAÇÃO. Nesse episódio aparecem os espíritos de Moisés, Elias.


Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte,

E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.
E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
E Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias.
E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.
E os discípulos, ouvindo isto, caíram sobre os seus rostos, e tiveram grande medo.
E, aproximando-se Jesus, tocou-lhes, e disse: Levantai-vos, e não tenhais medo.
E, erguendo eles os olhos, ninguém viram senão unicamente a Jesus.
E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João o Batista.


Aqui novamente e claramente está estabelecido que João Batista era a reencarnação de Elias pelas palavras do Próprio Jesus que declara que Elias já tinha vindo e fizeram-lhe tudo o que queriam, em uma alusão clara a João Batista como é afirmado logo a seguir.

Anteriormente os discípulos alegam que estava escrito que Elias viria primeiro restaurar todas as coisas, demonstrando que havia uma previsão, uma profecia que afirmava que Elias haveria de vir, mas como, se Elias tinha vivido 800 anos antes? É então uma clara alusão à evidência de que os Judeus acreditavam na reencarnação.

Quanto a Moisés ter aparecido no monte da Transfiguração, revela claramente que existe sim a sobrevivência da alma pois Moisés já tinha morrido segundo está escrito na própria Bíblia. Isso é importante que seja descrito porque Elias teria sido arrebatado aos céus em uma carruagem de fogo, mas Moisés morreu segundo o texto de Josué abaixo.


E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.




Poderíamos nós ficar aqui citando inúmeras comprovações de que existe a vida após a morte e existe sim reencarnação sem citar nenhuma outra fonte que senão a própria Bíblia, como por exemplo quando Jesus afirma ao ladrão que está na cruz ao seu lado afirmando que em verdade te digo que ainda hoje estarás comigo no paraíso, ou falando da passagem de Lázaro que ao morrer foi levado ao Seio de Abraão, demonstrando que existe um lugar de tormentos no mundo espiritual e um lugar de consolação. Com relação a isso recomendo a leitura de outras matérias aqui no nosso blog como:


Obviamente existem controvérsias. Os evangélicos e particularmente a Igreja Católica que procurou retirar da Bíblia e da crença qualquer alusão à reencarnação e não conseguiu, procuram aferrar-se a passagens do velho testamento em que Moisés procurou desestimular e desencorajar as referências e os contatos com os mortos, proibindo tal prática, declarando ser isso abominação ao senhor etc...

De fato a consulta aos mortos quando feita de forma leviana, para interesses mesquinhos, ou mundanos, relacionada aos interesses desse mundo é abominação ao Senhor porque os espíritos que se apresentam para interagir nesses casos, são espíritos de baixa estatura moral e nesse meio com certeza podem estar espíritos obsessores, ou aqueles vulgarmente denominados demônios segundo os evangélicos, que são espíritos zombeteiros, mistificadores e de baixo calão moral, e essas práticas abrem-lhes uma porta para que possam influenciar nas nossas vidas. Esses espíritos normalmente não tem permissão para colocar sua influência sobre nós a não ser que nós lhes abramos uma porta, ou se nós nos sintonizamos com eles. Por isso na oração do Pai Nosso Jesus pede ao pai para que não nos deixe cair em tentação e a seguir pede para que nos livre do mal, e se os invocamos, ai está a porta aberta para que possam colocar sobre nós a sua influência e isso é perturbador e daninho às nossas vidas, melhor dizendo ao plano de Deus para nós.

Mas nós não podemos levar isso ao pé da letra porque todos os dias nós oramos a Jesus, e Jesus é o quê? É um espírito que vive como todos os homens que um dia morreram, porque Jesus nasceu, no mínimo encarnando em uma criança, Ele não apareceu aqui já adulto, descendo dos céus. Ele nasceu encarnando em uma criança récem nascida como ocorreu também com João Batista que foi enviado. Se foi enviado é porque já existia. 


Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

Viveu e morreu e depois ressuscitou, mas não em corpo de carne e osso, ou poderemos pensar que Jesus hoje está em carne e osso? Jesus é espírito, os Espíritos Santos são espíritos, os anjos são espíritos, os demônios são espíritos, e Deus é espírito, e Todos nós também somos espíritos. 

Espíritos que estão em um patamar de evolução infinitamente inferior a Deus, mas espíritos criados com um único fim. A Vida Eterna. Deus nos criou a todos nós para a vida eterna e todos nós somos preciosos para ele como um filho é precioso para um pai amoroso. Ele não precisa de nós para nada, mas ele nos quer porque ele nos AMA e o amor de Deus é o amor mais perfeito do Universo inteiro.

Mas nesse ponto talvez você que lê essas minhas linhas poderá pensar, mas que ESPÍRITOS SANTOS? E eu lhe direi. Sim. Não existe apenas um Espírito Santo, mas vários Espíritos Santos.

MAS PORQUE SANTO? 

Quando, o “espírito” é bom, esclarecido, ou melhor, iluminado, o Novo Testamento o chama “santo” ( άγιος ), isto é, puro, sadio, são.

A Zacarias aparece um anjo. Que é “anjo”? A palavra grega άγγελος significa, simplesmente, “noticiador, arauto, mensageiro, anunciador”. O termo era empregado para designar qualquer mensageiro, encarnado ou desencarnado, que transmitia um recado. Na Bíblia a palavra refere-se quase sempre a um espírito desencarnado, quando traz alguma mensagem. Esse espírito é um ser humano, pois é sempre descrito como um homem (sentado, de pé, vestido de branco, etc. etc.), o que também ocorre neste caso. Não era um ser “etéreo”, mas tinha forma e volume, igual à de um homem, e falava.

Para que um espírito desencarnado se torne visível, uma de duas condições são indispensáveis: a primeira depende da criatura encarnada: precisa ela ser “médium” vidente ou audiente (em hebraico Ro’éh ou Hôzêh, tendo também o poder de “interpretar”, ou seja, Nâbi’, que significa profeta ou médium; com efeito, profeta, do grego лροφητεύω “falar por meio de”, e médium palavra latina que significa intermediário” entre o desencarnado e o encarnado). A segunda condição depende do desencarnado, quando a criatura encarnada não é médium: precisa o espírito “materializar-se”, tomando forma fluídica, para aparecer ao não-vidente. Uma das provas de que o anjo que apareceu a Zacarias era um espírito desencarnado de homem, é o nome que ele tem: Gabriel, que significa “HOMEM DE DEUS”.

Apareceu do lado mais nobre do altar, o direito, que ficava na direção sul, onde estava o candelabro de sete velas, símbolo místico da luz. Zacarias assusta-se ao vê-lo, e depois permanece temeroso diante do acontecimento. Mas o mensageiro o tranqüiliza, dando o recado de que fora incumbido: “tua prece foi ouvida”, e Zacarias verá o nascimento de um filho, ao qual imporá o nome de JOAO.

A estes, podemos acrescentar mais um termo: É um mensageiro, um encarregado de tarefa especial junto aos homens; denominado, então, ANJO.

Passemos, agora, aos comentários exegéticos dos trechos, procurando ater-nos à cronologia. das ocorrências.

Lucas diz que “Jesus voltou do Jordão cheio de um espírito santo” (em grego sem artigo; portanto, é indeterminado, e foi com o (com esse) espírito para o deserto. Aí temos mais uma vez a preposição grega en, com valor associativo.

Mateus afirma simplesmente que “foi conduzido ao deserto pelo espírito” (agente da passiva, com a preposição “hypó”, que literalmente daria o sentido “sob um espírito”, podendo entender-se: conduzido sob a influência do espírito.

Essa matéria é extensa, mas é muito elucidativa e muito importante, por isso eu darei prosseguimento a mesma, mas para que já fique registrada eu a estou publicando com o compromisso de me aprofundar mais nesse tema.




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