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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Petrobras: Enorme descoberta de petróleo.


Aureliano Chaves
Aureliano Chaves que foi um dos melhores Presidentes da Petrobras já dizia que "o que levava a empresa a descobrir petróleo ao contrário das suas concorrentes era o "AMOR A CAMISA"." 

De fato essa premissa só tem se confirmado ao longo da história. Empresas como as que terminam em "X" do Eike Batista, que são em verdade empreendimentos multinacionais com testa de ferro brasileiro, e que objetivam deitar a mão nas riquezas que deveriam ser do povo Brasileiro, não conseguem ter a mesma eficiência da empresa estatal para desespero dos defensores das teses de Roberto Campos de triste memória, que só conseguem ver as empresas estatais de forma estreita, pequena, sem visão nacionalista.

Em um programa da rádio CBN, quando a Petrobras anunciou o prejuizo de 1,3 bilhões no segundo trimestre de 2012, veio uma dessas vivandeiras deslumbradas, que não se dão ao trabalho de investigar mas antes só de criticar, sem estudar o mérito das questões, a fazer uma participação, declarando "AINDA BEM QUE A VALE DO RIO DOCE FOI PRIVATIZADA".

Não gosto de criticar ninguém, e isso está fora dos meus objetivos de crescimento moral, mas isso me deixa por demais indignado, pois representa uma ignorância que não tem tamanho, e embora sejamos democráticos e portanto todos tem o direito de ter sua opinião, entendemos que essa ignorância é por demais lesiva ao Brasil.

A Vale do Rio Doce foi "entregue" por pouco mais do que 2 bilhões de reais, e ao ser entregue foram junto com a empresa, a propriedade de jazidas minerais que pertenciam a empresa para exploração e que são patrimônio do povo Brasileiro. Jazidas de todo tipo de minerio, de ferro a ouro, passando por manganes, e outros minerios preciosos. Pois bem, a mineradora Vale fechou 2011 com um lucro líquido recorde de R$ 37,8 bilhões e receita operacional de R$ 105,5 bilhões, também recorde. Foi um "desempenho financeiro extraordinário, o melhor de todos os tempos", disse em comunicado o presidente da empresa, Murilo Ferreira. Em 2010, a companhia teve lucro de R$ 30,1 bilhões e receita de R$ 85,3 bilhões.

Em 2012 completam-se 15 anos da escandalosa privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CRVD), a então tradicional estatal fundada em 1942 e desde 1974 a maior exportadora de minério de ferro do mundo. Menina dos olhos dos mais radicais privatistas, a companhia é alardeada hoje como o exemplo do acerto que teria sido o Programa Nacional de Desestatização levado a cabo pelo governo FHC, que entregou boa parte das estatais ao capital privado e estrangeiro a preço de banana.

"Batemos vários recordes, a despeito de um ambiente econômico desafiador. A execução disciplinada de nossa estratégia e a performance das operações foram essenciais para que pudéssemos nos beneficiar da forte demanda global por minérios e metais", acrescentou Ferreira.


Na ressaca do processo de desestatização, a população fez sua experiência e concluiu o roubo que representou a privatização, como ficou demonstrado no debate que polarizou, ainda que falsamente, o segundo turno. Mesmo com toda a propaganda da grande mídia, no final de outubro uma pesquisa divulgada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisa Sociais, Políticas e Econômicas), do jornal Valor Econômico, revelou que, de mil pessoas entrevistadas, 70% desaprovavam a privatização das grandes empresas.

No quarto trimestre, a empresa registrou uma receita operacional de R$ 27,7 bilhões, um crescimento de 2,76% ante o mesmo trimestre de 2010. O lucro líquido ficou em R$ 8,3 bilhões, 16,47% inferior ao do mesmo período do ano anterior.

A empresa também salientou no comunicado o recorde obtido nas vendas de minério de ferro e pelotas, que atingiram 303,7 milhões de toneladas no ano passado, um crescimento de 2,2% em relação a 2010.

Esse recorde se deve basicamente ao aumento das vendas para a Ásia, Oriente Médio e outras regiões, já que os embarques para a Europa, onde estão alguns dos principais clientes da companhia, tiveram queda no ano passado - de 58,9 milhões de toneladas em 2010 para 58,5 milhões de toneladas.


A doação da Vale 
Como foi organizado um dos maiores roubos do país

SUB-AVALIAÇÃO

Após anos de massiva campanha pela venda da estatal nos anos 90, a Vale foi leiloada em maio de 1997. A primeira polêmica envolveu a cotação da estatal realizada pela corretora Marril Lynch, que a avaliou em R$ 10 bilhões. A empresa foi acusada de sub-avaliar jazidas e o conjunto do complexo industrial da empresa, com patrimônio superior a R$ 100 bilhões. 

Mais tarde se descobriu que a corretora era ligada à empresa Anglo American, participante do leilão. A estatal foi vendida por apenas R$ 3,3 bilhões. Para se ter uma idéia, esse valor significa menos do que o lucro da empresa em apenas três meses. No ano em que foi leiloada, o lucro líquido da empresa foi de R$ 12,5 bilhões, mais de três vezes o valor de sua venda.

RESERVAS MINERAIS

Outra irregularidade foi a subestimação das reservas de minério sob controle da Vale. Segundo informações da própria CVRD, as reservas de minério de ferro de Minas Gerais e da Serra dos Carajás eram de 12,9 bilhões de toneladas em 1995, muito acima dos 3,2 bilhões de toneladas anunciadas na época da privatização. Além disso, a privatização da Vale foi inconstitucional por vender reservas de urânio, que são de propriedade exclusiva da União, alienar milhões de hectares de terras e permitir a exploração de minérios na faixa de fronteira, o que não poderia ser feito sem a aprovação do Congresso Nacional.

DINHEIRO EM CAIXA

A Vale contava no momento da privatização com R$ 700 milhões em caixa, ou seja, um “bônus” recebido por seus compradores, portanto, na verdade seu valor de venda foi 3,3 bilhões menos 700 milhões de reais ou seja 2,5 bilhões de reais.

A China foi responsável por 44,1% dos embarques da Vale de minério de ferro e pelotas em 2011. Em 2010, a fatia da gigante asiática estava em 42,9%. Os clientes chineses compraram 131,870 milhões de toneladas, ante 126,4 milhões de toneladas no ano anterior.

O balanço da mineradora mostra ainda que no quarto trimestre a China comprou 38,023 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas, volume 7,35% maior do que o do último trimestre de 2010, que somou 35,417 milhões de toneladas.

E os Investimentos?

O comunicado divulgado pela empresa mostra ainda que em 2011 a Vale investiu US$ 17,994 bilhões, uma expansão de 41,6% em comparação com o ano anterior, mas 25% inferior ao programado pela companhia no final de 2010 (US$ 24 bilhões). No quarto trimestre do ano passado, os investimentos foram de US$ 6,686 bilhões.

A previsão de investimentos não se efetivou, de acordo com a Vale, por causa de obstáculos à implantação de projetos. Entre essas dificuldades, estão atrasos na emissão de licenças ambientais (como ocorre no projeto de mineração Serra Sul, em Carajás), carência de mão de obra qualificada e equipamentos.

Já no terceiro trimestre a mineradora divulgara que não chegaria ao nível de investimentos almejado. O programa de investimentos da Vale em 2012 prevê gastos de US$ 21,4 bilhões, dos quais 63,7% no Brasil.

A empresa informou que, em 2011, foram entregues cinco novos projetos - Onça Puma (ferroníquel, no Pará), Omã (duas usinas de pelotização), Moatize (carvão, em Moçambique), Estreito (hidrelétrica, na divisa dos Estados de Tocantins e Maranhão) e Karebbe (hidrelétrica, na Indonésia).

A companhia diz que este mês começou a operar na Baía de Subic, nas Filipinas, a primeira estação flutuante de transferência da companhia, que permite o transbordo total ou parcial dos produtos carregados pelos supercargueiros Valemax para navios menores. Com isso, a empresa pretende driblar as restrições impostas pelo governo chinês à entrada dos supernavios da Vale nos portos do país.

No mesmo comunicado em que se manifestou o presidente da Vale, o presidente do conselho de administração da mineradora, Ricardo Flores, comemorou os resultados financeiros.

"Em 2011, o retorno aos acionistas atingiu o valor recorde de US$ 12 bilhões, o que comprova que a Vale é uma empresa com excelente desempenho e enorme potencial. 

Tenho convicção de que a empresa continuará comprometida com a criação de valor de longo prazo e com o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atua e do País", afirmou Flores.

Pois bem, no governo Lula, o BNDES, preocupado com a desnacionalização da Vale, agiu para elevar a sua participação na empresa e sofreu uma avalanche de críticas dos “analistas” do noticiário econômico. 

O banco pagou R$ 1,5 bilhão pelas ações pertencentes aos trabalhadores da Vale. Com isso, o BNDES passou a deter 11,56% das ações da Valepar, a holding que controla a mineradora. 

O então presidente do banco, o economista Carlos Lessa, argumentou que fez o negócio por razões estratégicas, para evitar que o controle da Vale caísse em mãos de grupos internacionais. ”Não sabia que a Vale estava ameaçada de desnacionalização”, ironizou o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci. 

O projeto do BNDES era fazer uma grande fusão no setor, criando um conglomerado nacional de porte. E a Vale, com sua participação em várias siderúrgicas estratégicas para o país, seria a peça chave do modelo.

Seria uma importante iniciativa diante do que está sendo batizado de segunda onda da “globalização”. Ou seja: a investida das multinacionais norte-americanas e européias, com marcas que há mais de meio século reluzem no mundo dos negócios. A Vale é cobiçada pelo seu papel estratégico no xadrez da economia mundial. 

A indústria siderúrgica brasileira pretende investir R$ 46,4 bilhões, entre 2007 e 2011, para dobrar a capacidade instalada. Atualmente, o parque nacional pode fabricar até 36 milhões de toneladas de aço bruto por ano. A meta é alcançar 72 milhões de toneladas em cinco anos. O montante de recursos previstos para a empreitada representa um aumento real de 140% sobre os R$ 19,5 bilhões investidos pelo setor entre 2001 e 2005.

Para acompanhar a expansão, o BNDES também elevará o montante de recursos para financiar o setor. Entre 2001 e 2005, a instituição liberou R$ 4,8 bilhões para projetos de siderurgia. Nos próximos cinco anos, a meta é emprestar R$ 16,7 bilhões — um crescimento de 248%. Entre os projetos que contarão com o crédito do BNDES, está o da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria entre a Vale e a siderúrgica alemã ThyssenKrupp. O projeto, que alcança um valor total de US$ 3,5 bilhões, inclui a construção de uma usina integrada de placas de aço em Itaguaí (RJ).

Diante do forte processo de consolidação do setor siderúrgico mundial, as empresas brasileiras precisam enfrentar o desafio de ganhar escala para não ser absorvidas pelos grandes grupos internacionais. No ano passado, o país produziu 31,6 milhões de toneladas de aço bruto, ocupando a nona colocação entre os maiores fabricantes do mundo. O faturamento total das siderúrgicas brasileiras foi de aproximadamente US$ 22,5 bilhões. Entre empregos diretos e indiretos, o setor ocupou 95.100 pessoas. Só isso justifica uma preocupação do Estado no sentido de criar barreiras às ações de aventureiros que agem movidos por ganhos fáceis em detrimento dos interesses nacionais.

Todo esse lucro que deveria ficar no Brasil é dessa forma desviado para o bolso dos investidores internacionais, deixando de ficar no território Brasileiro, para ir aliviar o mercado internacional que está em uma crise cada vez maior.
Algumas perguntas que não querem calar

ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?

O dinheiro da venda da empresa e das outras estatais?A Vale foi privatizada sob a desculpa de pagar a dívida pública. No entanto, a dívida só cresceu de lá pra cá. Ninguém sabe onde foi parar o dinheiro das privatizações. Você sabe?


PORQUE A VALE DÁ TANTO LUCRO?

Se os altos lucros da Vale provaram algo foi o enorme prejuízo que o setor público amargou com a sua venda. Tais lucros não advêm de um suposto bom gerenciamento do setor privado, mas de uma situação externa favorável causada pelo aumento da demanda de matéria prima pela China e o conseqüente aumento do preço do minério. 

Como se isso não bastasse, dias antes do leilão da Vale foram descobertas jazidas de minério, incluindo ouro, que não foram contabilizadas no preço mínimo de venda. 

Desta forma, fica fácil entender o motivo pelo qual os lucros da empresa foram alavancados automaticamente logo após a privatização. 
Esse processo, aliás, ocorreu com o conjunto de estatais privatizadas nos anos 90. Durante anos, o governo aplicava uma política de contenção de gastos e sabotagem deliberada como pretexto para a privatização. Após a venda, uma avalanche de números tentava legitimar a rapina do patrimônio público. 


Em 24 de outubro de 2006 a Vale anunciou a incorporação da canadense [Inco], a maior mineradora de níquel do mundo, que foi efetivada no decorrer de 2007. Após essa incorporação, o novo conglomerado empresarial CVRD Inco - que mudou de nome em novembro de 2007 - tornou-se a 31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de R$ 298 bilhões, à frente da IBM. Em 2008 seu valor de mercado foi estimado em 196 bilhões de dólares pela consultoria Economática, perdendo no Brasil apenas para a Petrobras (287 bilhões) e se tornando a 12ª maior empresa do mundo.

Em 2012 foi eleita a pior empresa do mundo pelo “Public Eye Awards”, por conta dos impactos de suas atividades em questões de direitos humanos e meio ambiente.



A Petrobras por sua vez sofreu assédios por todos os lados, mas o seu controle ainda é Nacional, apesar da quebra do monopólio e apesar da concorrência desnecessária que a quebra do monopólio proporcionou. Um exemplo da competência da estatal é a recente descoberta de mais petróleo.


A mais recente descoberta de petróleo pela Petrobras (PETR4) seria “muito grande”, nas palavras do diretor de exploração e produção da companhia, José Formigli. A descoberta também deixou os parceiros da Petrobras no bloco muito animados. Lincoln Guardado, diretor de exploração da QGEP Participações (QGEP3), afirma que essa descoberta pode ser transformadora e mudar os rumos da companhia. 

As ações da QGEP subiram 8% após o anúncio do poço. Para se ter uma ideia do tamanho da nova descoberta, o reservatório Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, possui uma coluna de petróleo maior do que a de Tupi, descoberta pela Petrobras em 2007. 

No entanto, a área do reservatório de Carcará para ser menor do que a de Tupi, o que resultaria em uma recuperação de petróleo total menor. Nas próximas semanas a Petrobras, que é a operadora do bloco, afirma que terá mais dados sobre Carcará e poderá fornecer dados mais conclusivos.



Embora tenha se esquivado a detalhar a potencialidade da área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, cuja descoberta foi confirmada oficialmente na noite de segunda-feira (13) pela Petrobras, o diretor de Exploração e Produção (E&P) da companhia, José Formigli, admitiu aos jornalistas tratar-se de “uma descoberta extremamente importante e significativa”.


Formigli disse que a partir da confirmação da importância da descoberta, a Petrobras vai agora revestir o poço e aprofundar as perfurações para buscar o fim do óleo. “Quatrocentos metros são muita coisa e o óleo é de muito boa qualidade, mas não adianta a coluna ter 400 metros se não apresentar uma boa permeabilidade”, disse.

O diretor da Petrobras citou o caso do campo gigante de Marlim, na Bacia de Campos, com seus 100 metros a 120 metros de coluna, para justificar a prudência com que a empresa e seus sócios no empreendimento vem tratando a descoberta.



"Marlim tem 100 a 120 [metros de coluna], mas precisamos lembrar que uma coluna de petróleo tem três dimensões. E especificamente no caso de Marlim temos um 'espraiamento' [alongamento do campo] sensacional. Por isso Marlin é o que é [um dos maiores campos de petróleo do país]. Mas sem dúvida que [Carcará] é algo muito grande”, enfatizou.

Segundo nota divulgada na noite de segunda-feira (13) pela Petrobras, os novos dados obtidos com a continuação da perfuração do poço de Carcará, localizado no bloco Bacia Marítima de Santos 8 (BM-S-8) em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos, confirmaram a potencialidade e a importância da jazida.

A descoberta já havia sido anunciada preliminarmente pela Petrobras no dia 20 de março deste ano e está localizada a 232 quilômetros (km) do litoral do Estado de São Paulo, em lâmina d'água de 2.027 metros.

Segundo informações da estatal, foram coletadas novas amostras de óleo até a profundidade de 6.131 metros, que comprovaram a boa qualidade do petróleo (cerca de 31º API), em reservatório carbonáticos de excelentes características de porosidade e permeabilidade.

“Embora o poço ainda esteja em fase de perfuração dentro de uma zona de óleo a 6.213 metros de profundidade, já está confirmada uma coluna superior a 400 metros de petróleo, caracterizada principalmente por reservatórios contínuos e conectados”, diz nota da estatal.

A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção (10%).

Para avaliar melhor a área, o consórcio dará continuidade às atividades e aos investimentos necessários, conforme previsto no plano de avaliação aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


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