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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A ESCALADA DA INFORMÁTICA.

Lembro-me nos primórdios da Informática, lá pelos idos de 1990, portanto a cerca de 20 anos, que havia uns monitores de 12 polegadas que mostravam caracteres. Tinham fundo escuro e os caracteres apareciam em branco. Havia também uns monitores de fósforo âmbar, cujos caracteres não apareciam em branco, mas em âmbar, uma cor alaranjada. 


Tudo era em preto e branco ou em preto e âmbar, Não se usava figuras, a maioria dos programas tratavam apenas com caracteres. 









Os programas mais comuns eram os processadores de texto de entre os quais o "WORDSTAR" foi o mais popular e o mais conhecido em tudo quanto era escritório da época. Havia um concorrente Nacional famoso que era o "CARTA CERTA".

O WordStar é um processador de texto criado por Seymour I. Rubinstein e publicado pela MicroPro, Originalmente escrito para o sistema operacional CP/M, posteriormente portado para DOS. Chegou a ser vendido pelo valor de 495 dólares americanos. A primeira versão, lançada em 1978, em linguagem assembly em apenas quatro meses, um feito que foi estimado depois pela equipe da IBM como equivalente a 42 anos de trabalho de um programador normal.
TELA DE ABERTURA DA PLANILHA LOTUS 123

O "WordStar" é programa relativamente simples de usar, com seus comandos acessados por teclas. Por exemplo, a combinação CTRL + K + B marcava um bloco de texto que podia ser copiado ou recortado. Hoje isso é feito rapidamente com o mouse e os comandos CRTL + C ou CTRL + X. Por se tratar de um software em inglês, as primeiras versões não tinham o reconhecimento de caracteres acentuados.

UM DOS PRIMEIROS
COMPUTADORES
QUE FORAM
COMERCIALIZADOS.
O CP-500.
Existiam também planilhas eletrônicas, e a "LOTUS" foi uma bem popular. Eram programas que facilitavam muito tudo o que existia até então, aposentando a velha máquina de escrever. E tornando práticos procedimentos que até então consumiam muito trabalho. 


Ainda tinha gente que gostava e usava outras linhas de computadores como os velhos computadores "APPLE", TRS-80 que já eram um avanço em relação aos mais antigos CP-500. 




O CP 500 foi um computador pessoal brasileiro produzido pela empresa Prológica a partir de 1982. Era compatível em termos de software e de hardware com o TRS-80 Modelo III estadunidense. Já vinha com o pequeno monitor integrado, e seu preço não era para qualquer um. Normalmente quem o tinha eram empresas e não pessoas físicas.



O Lisa foi um computador pessoal (PC) revolucionário lançado pela Apple Computer em 1983. Foi o primeiro PC a ter um mouse e uma interface gráfica. Essa interface foi inspirada nas estações de trabalho Xerox. A idéia por trás do Lisa era tornar os computadores mais fáceis de usar, aumentando assim a produtividade. O projeto Lisa começou em 1978. Steve Jobs, co-fundador da Apple, participou de seu desenvolvimento até 1982, quando juntou-se ao projeto Macintosh.

A origem do nome Lisa vem do nome da filha de Jobs e o acrônimo Local Integrated Software Architecture foi inventado mais tarde para justificar o nome.

O APPLE - LISA
O Lisa foi lançado em 19 de janeiro de 1983 a um preço de US$ 9995. Utilizava um microprocessador Motorola 68000 a 5MHz, tinha 1 MB de RAM, memória virtual, um disco rígido externo de 5 MB e dois leitores de disquetes 5,25" de 871 KB. Seu sistema operacional era o Lisa OS, que já era multitarefa não-preemptivo (cooperativo), função extremamente avançada para a época. Essa função era, em parte, responsável pela lentidão do processamento.
O DISCO RÍGIDO DO COMPUTADOR APPLE-LISA.

Nessa época (1990 a 1995) não havia Internet, mas uma profícua comunidade de relacionamento já existia se comunicando por meio de provedores de BBSs.


Um bulletin board system (BBS) é um sistema informático, um software, que permite a ligação (conexão) via telefone a um sistema através do seu computador e interagir com ele, tal como hoje se faz com a internet.

Os BBSs da época tinham uns fóruns de assuntos além de um "QUADRO DE AVISOS" onde podia se postar todo tipo de assunto. O participante se conectava por meio de linha telefônica em uma conexão discada utilizando aparelhos que se conectavam ao computador denominados fax-modem (Porque faziam o trabalho de fax e modem).


A palavra Modem vem da junção das palavras modulador e demodulador.É um dispositivo electro nico que modula um sinal digital numa onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefônica, e que demodula o sinal analógico e reconverte-o para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet, BBS, ou a outrocomputador.

O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro modem reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem estar a trabalhar de acordo com os mesmos padrões, que especificam, entre outras coisas, a velocidade de transmissão (bps, baud, nível e algoritmo de compressão de dados, protocolo, etc).

O prefixo Fax deve-se ao facto de que o dispositivo pode ser utilizado para receber e enviar fac-símile.

Os primeiro modens analógicos eram externos. Ligados através das interfaces paralelas, onde a velocidade de transmissão era de 300 bps (bits por segundo) e operavam em dois sinais diferentes, um tom alto que representava bit 1, enquanto o tom baixo representava o bit 0.

No Rio de Janeiro pontilhavam inúmeros BBSs alguns pequenos outros grandes, mas os mais populares no Rio de Janeiro eram o CENTROIN do qual fazia parteo B.Piropo e o INSIDE . Em São paulo o MANDIC.


O BBS CENTROIN DIVERSIFICOU SUAS ATIVIDADES. HOJE É UM PROVEDOR DE INTERNET.




B. Piropo é um dos mais respeitados colunistas de informática brasileiros, assinando a coluna Trilha Zero no jornal O Globo desde 1991. Já escreveu colunas de informática para outras publicações, particularmente da Editora Bloch, como "Ele & Ela" e "Mulher de Hoje". Entre 1994 e 1995, apresentou o programa CBN Informática pela Rede CBN.

Os BBSs forneciam arquivos para download, e principalmente permitiam uma profícua diversidade de fóruns que debatiam todo e qualquer asunto. 

O participante de um fórum se conectava ao BBS e fazia o Download das mensagens novas que podiam ser públicas ou privadas. A seguir fazia o UP-Load das respostas e publicações nos diversos grupos. Dessa forma todos podiam ler e responder a mensagem off-line e só conectar no momento de subir ou baixar as mensagens. Só para fazer Download é que era necessário se manter conectado por período necessário para baixar o conteúdo desejado.

Quando as mensagens eram públicas todos no fórum podiam ver e comentar. Quando privadas eram direcionadas para um participante apenas. 

Esse tipo de intercâmbio permitia que a pessoa se atualizasse sobre assuntos que envolviam todo tipo de coisa, inclusive Informática. 

Permitia também que se tirasse dúvidas as mais diversas envolvendo Informática com verdadeiros feras que participavam dos grupos, mas não só informática. Assuntos Esotéricos, assuntos de Saúde etc... faziam parte do elenco de possibilidades quase infinitas.

O CENTROIN tinha regras um pouco rígidas. Não permitia por exemplo as assinaturas que no INSIDE eram grandes e escandalosas, levando a uma verdadeira competição por quem tinha a assinatura mais espetacular.

Com o tempo os BBSs de ponta, começaram a fazer intercâmbio com a Internet que não tinha no Brasil mas que já pululava lá nos Estados Unidos, consequentemente permitindo intercâmbio com participantes dos Estados Unidos.

Com o advento da Internet no início dos Anos 90, os BBSs foram aos poucos perdendo força até que se tornassem praticamente superados.

O Hardware por sua vez não parou de evoluir. Os processadores passaram a seguir uma lei de progressão que dizia que dobravam de velocidade a cada 9 meses. De fato parece que chegaram a um patamar práticamente final em termos de clock. Agora eles estão evoluindo em número de núcleos, aumento de cache de memória etc... mas não parecem capazes de superar a barreira dos 4 gigabytes/segundo de clock. Os mais extremos que eu conheço chegaram a 3,8 Gb/s.

As placas de vídeo também começaram a progredir espetacularmente em velocidade, memória e outros quesitos e parecem também que chegaram a um patamar final. Algumas placas de vídeo um pouco antigas hoje desafiam as  placas de novas gerações. então estamos só trocando de nome.

Quanto as velocidades da Internet, essas não. Ainda podem evoluir muito aqui no Brasil, pois nos Estados Unidos a velocidade de 100 Mbps já é comum. Aqui no Brasil está se popularizando a velocidade de 10 Mbps (Megabits por segundo), embora já se possa ter também velocidades de 100 Mbps A PREÇOS ESTRATOSFÉRICOS. 

Se pensarmos que na época dos BBSs a velocidade padrão era 28.800bps, é uma diferença monstruosa.

Os monitores, esses mudaram por completo. Dos monitores monocromáticos, com péssima resolução feitos para exibir caracteres, evoluimos para monitores a cores com resoluções cada vez maiores, capazes de reproduzirem fotografias com uma qualidade tão grande que é possível detectar detalhes que não são visíveis nem a olho nu.

A princípio monitores CRT (Monitores de tubos de raios catódicos). Lembro-me que em 1991, adquirir um monitor desses de quinze (15) polegadas era muito chique, pois era um diferencial em relação ao padrão de quatorze (14) polegadas. depois vieram os espetaculares monitores de desessete (17) polegadas de tubos de raios catódicos, depois os de vinte (20) polegadas, sempre lançados em feiras como a FENASOFT realizada lá no Centro de convenções RIO CENTRO quando o evento era no Rio de Janeiro de dois em dois anos revezando-se com São Paulo.

Os monitores grandes permitiam maior conforto para projetistas que usavam ferramentas como AUTOCAD por exemplo.

Já nos anos 2000 começaram a ser lançados monitores de cristal líquido, primeiramente nos Notebooks e depois em monitores. Esses monitores, leves, finos, com melhor resolução e definição, foram se aperfeiçoando até que tornaram Já no final dos anos 2000, totalmente obsoletos os monitores CRT.

Os monitores de cristal líquido ou LCD, foram diminuindo a taxa de intermitência que chegou a padrões de excelência totalmente eficientes de até dois (2) milisegundos. Hoje a maioria é de cinco (5) milisegundos, talvez porque já se percebeu que não há necessidade de tal perfeição.

A resolução que já esteve melhor padronizou-se atualmente na resolução chamada de FULL-HD que é a resolução da TV Full HD (Alta definição total), ou seja 1920 por 1080 pixels (pontos). Uma grande parte dos monitores hoje são além de monitores, também televisores e reproduzem diretamente de pendrives e até de HDs.

O monitor de LCD embora seja uma espetacular evolução, ainda não é nos dias de hoje a tecnologia ponta de linha. 

Essa é em verdade a tecnologia de monitor a LED. O monitor a LED é mais fino, tem cores mais fieis e mais nítidas, é mais leve e consome menos. Tende a se firmar como a tecnologia definitiva, embora o ORGANIC LED seja o próximo passo.

Quanto ao tamanho, dos monitores de 12 polegadas de fósforo ambar, chegamos hoje a monitores de 27 polegadas com resolução de definição total, capazes de revelar imagens com detalhes tais que são imperceptíveis a olho nu. Monitores que são além de monitores, também televisores e que tem até som incorporado. É o paraíso dos projetistas.

Os HDs evoluiram de cinco (5) Kbytes e com peso e tamanho de uma caixa de sapatos, super lentos e caríssimos,  para finos e delgados HDs super velozes com velocidade de 6 gigabytes por segundo de leitura e escrita, e com capacidade de dois (2) TERABYTES. Verdadeiramente impensável no início da Informática.

Poderíamos aqui ficar enumerando os avanços. Foram muitos e foram demais, mas destacamos alguns muita importantes.

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